quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Metanoia?Que bicho é esse?

Fui buscar em dicionário on line o significado dessa palavra bonitinha para uns, esquisita para outros, mas cheia de sentido para qualquer um que quiser olhá-la um pouco mais de perto:
Metanoia:transformação de comportamentoou de carátermudança de pensar e sentir,
no caminho da perfeição
,
 conversão interior

Quando começamos uma caminhada de fé, percebemos já nos primeiros passos que alguns comportamentos que tínhamos antes já não "pegam bem" por que decidimos seguir Jesus Cristo. Até aí tudo bem, no início, principalmente depois de um retiro em que se chorou litros, saímos decidimos a sermos bem melhores,a rezar todos os dias, a não brigar com os pais, não bater no irmão, não "pegar" mais ninguém na balada, viver um namoro santo e por aí vai. O problema é que no meio do caminho já vai dando uma canseeeeeira...e é só bater uma brisa que a gente vai adiando a oração, justifica qualquer grito com a mãe e a voadora no irmão, acha que "um beijinho" não faz mal a ninguém, e nos vemos no direito de fazer o que quiser no namoro afinal, "se tem amor, né?" (esquecendo que o amor 'tudo suporta,tudo espera'). Quando vemos, estamos a quilômetros de Cristo.

Isso acontece com todo mundo que decide por Jesus, desde o tempo Dele. Um exemplo é Pedro, que segue Jesus, diz que nunca o deixaria e o que ele fez no dia em que seu Senhor foi preso? O negou três vezes. Mas depois que Jesus ressuscitou, ele foi redimido ao declarar mais três vezes o seu amor imperfeito.
Maria de Bethânia, era irmã de Lázaro. Ficou aos pés de Jesus enquanto Marta faxinava, viu seu irmão ser ressuscitado, e só foi realmente perceber a vida de pecado que ela vivia pouco antes da morte de Cristo, quando ela derrama o perfume aos pés Dele (é gente,não foi Maria Madalena quem fez isso, uma outra hora explico a exegese de João 12). E Tomé,que duvidou da Ressurreição de Jesus, e ao tocar em Suas chagas teve uma nova e forte experiência a ponto de dizer "meu Senhor e meu Deus!"?

Estas três personagens são exemplos da palavra citada lá em cima: Metanoia, uma nova conversão, novas posturas diante do Deus que é só Amor e quer que sejamos felizes. Mas nossa felicidade  só se encontra Nele, e naquilo que Ele nos chama a viver, não adianta procurar em outros lugares. Você pode encontrar muito prazer, mas que logo logo passa, e não sacia. Como nosso querido papa emérito Bento XVI já disse:
 "O mundo pode fazer muitas festas, mas só Deus dá a alegria"

Não dá para seguir Jesus Cristo sem fazer uma revisão de conceitos e ter uma mudança de mentalidade. E não se preocupe que isso não é alienação , mas sim escolher a melhor parte, que nada e ninguém pode lhe tirar. Por isso, nesta caminhada, leia estude, conheça esta rica e bela Igreja que o Senhor te deu para que você O encontre. E faça parte da geração que não pensa igual a todo mundo, mas que faz a diferença!

Deus abençoe!

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

O Sacrificio do "Eu"

Muitos de nós já refletimos inúmeras vezes sobre a passagem de Gênesis 22, mas dessa vez convido a verem o chamado que Deus faz a cada um de nós nela, então, vamos começar lendo ela:


"1 Depois desses acontecimentos, sucedeu que Deus pôs Abraão à prova e lhe
 disse:
 "Abraão! Abraão!" Ele respondeu: "Eis-me aqui!" 
2 Deus disse: "Toma teu filho, teu único, que amas, Isaac, e vai à terra de Moriá,
 e lá o  oferecerás em holocausto sobre uma montanha que eu te indicarei." 
3 Abraão se levantou cedo, selou seu jumento e tomou consigo dois de seus 
servos  e seu  filho Isaac. Ele rachou a lenha do holocausto e se pôs a caminho
para o lugar  que Deus havia indicado. 
4 No terceiro dia, Abraão, levantando os olhos, viu de longe o lugar.
 5 Abraão disse a seus servos: "Permanecei aqui 
com o jumento. Eu e o menino iremos  até lá, 
adoraremos e voltaremos a vós." 
6 Abraão tomou a lenha do holocausto e a
colocou sobre seu filho Isaac, 
tendo ele  mesmo tomado nas mãos o fogo e
o cutelo, e foram-se os dois juntos. 
7 Isaac dirigiu-se a seu pai Abraão e disse: 
"Meu pai!" Ele respondeu: "Sim, 
meu filho!"  — "Eis o fogo e a lenha," retomou ele, "mas onde está o cordeiro 
para o holocausto?"  
8 Abraão respondeu: "É Deus quem proverá o cordeiro 
para o holocausto, meu filho", e foram-se os dois juntos.
 9 Quando chegaram ao lugar que Deus lhe indicara, Abraão construiu o altar,
 dispôs a  lenha, depois amarrou seu filho e o colocou sobre o altar, em cima da 
lenha. 
10 Abraão estendeu a mão e apanhou o cutelo para imolar seu filho. 
11 Mas o anjo de Iahweh o chamou do céu e disse: "Abraão! Abraão!" Ele 
respondeu:  "Eis-me aqui!" 
12 O Anjo disse: "Não estendas a mão contra o menino! Não lhe faças nenhum 
mal! Agora sei que temes a Deus: tu não me recusaste teu filho, teu único."
 13 Abraão ergueu os olhos e viu um cordeiro, preso pelos chifres num arbusto;
 Abraão foi pegar o cordeiro e o ofereceu em holocausto no lugar de seu filho.
 14 A este lugar Abraão deu o nome de "Iahweh proverá", de sorte que se diz hoje: 
"Sobre a montanha, Iahweh proverá."
 15 O Anjo de Iahweh chamou uma segunda vez a Abraão, do céu, 
16 dizendo: "Juro por mim mesmo, palavra de Iahweh: porque me fizeste isso, 
porque não me recusaste teu filho, teu único, 
17 eu te cumularei de bênçãos, eu te darei uma posteridade tão numerosa quanto 
as estrelas do céu e quanto a areia que está na praia do mar, e tua posteridade 
conquistará a porta de seus inimigos. 
18 Por tua posteridade serão abençoadas todas as nações da terra, porque tu 
me obedeceste." 
Palavra do Senhor!











Irmãos, convido a cada um de vocês a imaginar a dor no coração de Abraão,
de levar seu filho ao holocausto, convido cada um de vocês a refletir sobre a 
amargura de seu coração quando seu filho o perguntou sobre onde estava o 
cordeiro.
Este foi um homem de fé, quem dera algum de nós ter confiança na providência 
Divina da mesma forma que Abraão...

Creio que agora já relembramos desta passagem, agora tenho uma novidade para
 vocês,  essa é a historia da SUA vida, então, qual é o seu Isaac? O que é que Deus está 
lhe pedindo para oferecer a Ele como sacrifício? Sim, vocês leram certo, o sacrifício de
hoje não é o de  Isaac mas é o da vontade de você que está lendo! Convido a cada um de 
nós entregar ao Pai nossa vida, nossos sonhos, nossas vontades, entregar a Ele nossos 
pecados! Confiem no Pai! 

Acreditem, se vocês não recusarem a Deus o que Ele pede, sua vida será cheia
de Sua glória!
 "Eu te cumularei de bênçãos, eu te darei uma posteridade tão numerosa quanto 
as estrelas do céu e quanto a areia que está na praia do mar, e tua posteridade
conquistará a porta de  seus inimigos.  Por tua posteridade serão abençoadas
todas as nações da terra, porque tu me  obedeceste." 


Busquem ao Reino do Pai, busquem a sua Justiça e Ele fará
todo o resto...
"Buscai em primeiro  lugar o Reino de Deus e a Sua justiça e todas as 
coisas vos  serão acrescentadas" Mt 6,33

Agora, convido a vocês a fazer um breve silencio e escutar a Deus, 
escutar a Sua voz te mostrando o que Ele deseja...

E agora, respondam a Ele! Orem! Orem a Deus entregando tudo!
Cada momento de sua vida, cada sentimento, cada pecado, cada 
conversão entreguem a Ele!

Deixo está musica para reflexão... 















A Paz, e a coragem de seguir a Cristo!


terça-feira, 27 de agosto de 2013

Testemunhos JMJ - parte 2 - Jennifer Gama

Nosso segundo testemunhos de graças da Jornada no Rio de J
aneiro vem agora de uma peregrina,a Jennifer, do Movimento Regnum Christi:


Para mim, o clima da jornada começou quando, no dia 24 de julho de 2013, nós, peregrinos gaúchos do Movimento Regnum Christi, encontramo-nos com os peregrinos do Regnum Christi do Recife, no ônibus que nos levava até a praia de Copacabana. Fiquei muito emocionada com o que vi e ouvi: o pessoal do Recife era super espontâneo, divertido, alegre e puro, com o coração aberto à ação do Espírito Santo. Assim que entramos no ônibus, reconheci uma carinha conhecida, a de uma menina que já era minha amiga no facebook, e então, os meninos começaram a cantar as músicas da Igreja no fundo do ônibus. Ao olhar para eles, percebi o quão espontâneo era aquele gesto, o quão puros e doces eram seus olhares e corações, e isso me comoveu. Me deu vontade de acompanhá-los na cantoria. Quando vi já os estava acompanhando nos cantos e, inclusive, puxando o canto Nova Geração dentro do ônibus. Foi muito especial o momento em que cada um dos grupos cantou o hino de seu estado, e nós ficamos brincando que o hino do Rio Grande do Sul era, na verdade, o hino do nosso país, e não do nosso estado, pois que o RS era um país independente do resto do Brasil.

Esta divertida competição gerou muitos risos entre nós, e as cantorias do ônibus nos permitiram passar a ter intimidade com o pessoal do Recife, e também entre o nosso próprio grupo, onde muitos não se conheciam direito, ou ainda não eram amigos. Foi um momento muito especial. Neste dia estavam todos de capas de chuva, pois o tempo não estava ajudando muito, e chovia frequentemente. Mas nem o tempo ruim tirou de nós a alegria. Foi ali, em meio a tantos rostos alegres, puros e divertidos, que pude enxergar a pureza de Deus no rosto dos jovens, e considero que minha Jornada Mundial da Juventude começou a partir daquele exato momento, quando senti o amor consolador de Deus por mim, e considero que passei a entrar, de fato, no clima que a Jornada propunha.

Fiquei, de fato, muito emocionada com aquele grupo pernambucano que cantava no ônibus. Para a minha surpresa, pude perceber que os cariocas passageiros do ônibus não ficaram constrangidos ou aborrecidos com os nossos cânticos, mas antes, a nossa alegria se espalhou, e percebi que os rostos dos passageiros também passaram a ficar alegres. Muitos, quando viam que precisávamos de informações, inclusive, por não conhecermos o Rio, entravam na nossa conversa para, gentilmente, nos dar a direção certa de onde precisávamos ir. Neste dia tive a certeza de que a alegria de Deus contagia muito, e de que basta um coração aberto à luz e ação do Divino Espírito Santo, pronto a fazer a vontade Santíssima de Deus, para que as coisas ao redor se acomodem. Como bem diz o ditado popular, “no andar da carruagem as abóboras se acomodam”. E foi, de fato, o que aconteceu, pois os cariocas, ao invés de quererem nos expulsar do ônibus porque estávamos fazendo barulho, se deixaram contagiar pela alegria característica da Jornada.

Neste mesmo dia, que era a quarta-feira da jornada, ainda com chuva, visitamos a Feira das Vocações. Este lugar me deixou comovida e alegre pelos diversos carismas que lá encontramos: congregações religiosas, movimentos de leigos que eu conhecia, e outros que nunca havia ouvido falar, mas que foi muito interessante conhecer. A diversidade de dons e carismas da Igreja, para mim, é uma riqueza insondável, e confirma a palavra da Escritura de que o Espírito sopra onde quer. Ali, na feira, em meio a vários irmãos e irmãs de carismas diferentes do nosso, mas todos com o mesmo sorriso no rosto por se saberem parte deste mesmo Corpo de Cristo, percebi que, de fato, “o Espírito sopra onde quer”. Ao mesmo tempo que me deparei com diferentes carismas, encontrei também pessoas com o mesmo carisma que vivo no Regnum Christi, e este encontro especial fortaleceu em mim o que há algum tempo eu já sabia: o de que nasci para este carisma. Ter a certeza de nosso lugar na Igreja traz alegria e paz ao coração.

Nos dias subseqüentes, tudo foi pura luz e graça. Os momentos no ônibus eram sempre os mais divertidos, e também no metrô, onde novamente encontramos o pessoal do Recife. Os rostos se alegraram novamente com o encontro, e o metrô inteiro era só diversão e alegria. Muita amizade se firmou entre nós. Daí em diante já não havia mais qualquer tipo de estranheza entre o nosso grupo e o do Recife. Nem preciso dizer que o companheirismo, a caridade e a alegria dos membros do grupo me contagiou e emocionou. Andávamos sempre todos juntos, as peregrinações que fazíamos eram difíceis e cansativas, mas se alguém tivesse algum problema, todo o grupo – ou ao menos parte dele, de forma previamente combinada – parava para esperar aquela pessoa. De modo especial, as consagradas do Regnum Christi que nos acompanhavam, eram pura caridade e compreensão. O amor entre os membros era algo muito forte, e isso tornou, para mim, a jornada ainda mais especial, pois penso que, onde abunda o amor, superabunda a graça de Deus. E, de fato, graça foi o que não faltou nesta Jornada Mundial da Juventude.

Na quinta-feira à noite, ocorreu um dos momentos que eu mais esperava na vida, e na Jornada: o encontro com o Vigário de Cristo. Lembro-me que fiquei apertadinha em frente à passarela em que ia passar o papamóvel, recebendo empurrões de várias pessoas, mas, muito embora aquilo me incomodasse, permaneci firme no meu propósito: ficar ali e conseguir um bom lugar para ver o Papa Francisco. E assim foi. O Papa passou e eu o vi, olhando em nossa direção. Quando chegou perto do lugar onde estávamos, a organização achou por bem acelerar o papamóvel, pois a praia era extensa e, no início da peregrinação, o papamóvel fora em ritmo bem lento. Então, ele passou por nós em frações de segundos. Mesmo assim, eu o vi, olhei para seu rosto, e vi que olhava em nossa direção. Foi um momento muito especial.

Na sexta-feira, momento da via-sacra, ficamos a uns trezentos metros, mais ou menos, do palco. Ao longe eu podia enxergar a poltrona onde o Papa Francisco estava sentado. Aquele pontinho branco lá no fundo, que foi a principal razão pela qual eu me movimentei para ir à Jornada. Poder ver de pertinho o Vigário de Cristo foi uma experiência única em minha vida.

A peregrinação e vigília em Copacabana foram, também, muito especiais. Foi incrível adorar o Santíssimo Sacramento ajoelhada em um colchão, na areia da praia. Dormir em Copacabana foi ainda mais incrível! Uma indiada em família, com a família Regnum Christi.

Com certeza valeu muito à pena!

Mas, de todos os momentos maravilhosos e especiais da Jornada, o que mais me tocou foi a Missa com o Santo Padre, o Papa Francisco. De certo modo, era o momento mais esperado por mim durante a Jornada. Assistir a uma Missa com o Papa! Que coisa maravilhosa. E eu sabia que a comunhão naquela Missa não seria como as comunhões ordinárias – que de ordinárias nada tem, mas por assim dizer -, mas que Jesus, amoroso como só Ele é, tocaria o meu coração de uma forma muito especial. E de fato, tocou. A comunhão na Missa com o Papa foi uma das mais consoladoras da minha vida até então.  Quando entrei na fila da comunhão, vi que o ministro que distribuía a Eucaristia, sempre quando via que os jovens estavam emocionados – e havia muitos -, tocava-lhes amorosamente o rosto, com um gesto de profundo carinho e amor. Não houve gesto, para mim, mais profundo durante toda a jornada. Aquele ministro, naquele momento, representava o amor e o carinho profundos de Cristo pela sua amada juventude. E eu me emocionei só de ver a fé e devoção daqueles jovens que estavam ali emocionados com aquele momento, e com aquela grande graça de receber a Cristo na Jornada Mundial da Juventude, na presença do querido e amado Papa Francisco.

Quanto mais se aproximava o momento da minha comunhão, mais as lágrimas vertiam de meu rosto, e a emoção se apoderava do meu coração. Eu não sabia definir o que se passava comigo; a única coisa que eu tinha a certeza era que o carinho de Cristo por mim era muito grande, mas tão grande, e eu tão indigna, e tão pequena, senti que o amor de Cristo por mim perpassava as minhas forças, e curava as feridas do meu coração chagado pelas manchas do pecado original. O amor de Cristo por mim me arrebatava de mim mesma. Então chegou o meu momento de comungar. O consolo de me saber infinitamente amada por Cristo, e a graça de poder sentir esse amor até as minhas entranhas, até as
profundezas de minha alma, foi o que senti naquele momento. O ministro tocou o meu rosto prenhe de lágrimas com muita delicadeza, sorriu para mim, e continuou tocando meu rosto.

Aquele gesto, naquele momento, representou o carinho de Cristo por mim. Minha alma estava repleta de alegria e paz. No fundo da minha alma, a mensagem era: “Não temas. EU TE AMO! Te amo tanto, e te levarei sempre em segurança por onde fores. Não temas! Crê no meu amor. Ele está aqui, basta pegá-lo, se apoderar dele. Te amo, te amo!” E os “eu te amos” só se multiplicavam no meu coração. Senti Cristo tocando a minha mão, sorrindo comigo e me dizendo que não precisava me preocupar com nada, mas apenas crer no Seu amor, porque Ele está no comando de tudo, e jamais me deixará sozinha em uma situação difícil. Pude sentir também que Ele sempre estava comigo.  A consciência da Sua presença naquele momento alegrou e tranqüilizou o meu coração. Agora, após a Jornada, tento fazer com que dêem frutos as sementes plantadas em meu coração pelo amor de Cristo, mediado pelo Papa Francisco. Quero crescer diariamente, regar essas sementes, para que meu coração seja terreno fértil à ação do Espírito Santo. Que eu, como Maria, possa me esconder à sombra do Altíssimo, dizendo sim a cada missão por Ele proposta no quotidiano da vida, onde devo e quero ser sal da terra e luz do mundo. Rezemos uns pelos outros. Vamos juntos nesta caminhada.

Jennifer Gama

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Há 35 anos subia ao Sólio de Pedro João Paulo I

Era dia de sábado, milhares de peregrinos na Praça de São Pedro, um dia que começou triste e terminou com sorrisos. Era a terceira votação daquele Conclave de agosto de 1978, depois de uma fumaça preta, veio a fumaça branca, e estava eleito, aos 65 anos, Dom Albino Cardeal Luciani, como Papa.
Brasão Pontifício de João Paulo I
Iohannes Paulus P.P.
Era final da manhã daquele 26 de agosto, quando a fumaça branca irrompeu o céu da Cidade do Vaticano anunciando uma grande alegria, depois da morte de Paulo VI, tínhamos um papa novamente. O Cardeal Felice apareceu no Balcão de São Pedro com a seguinte mensagem: 
Annuntio Vobis Gaudium Magnum;
HABEMUS PAPAM:
Eminentissimum ac Reverendissimum Dominum,
Dominum Albinum
Sanctæ Romanæ Ecclesiæ Cardinalem LUCIANI
Qui sibi nomen imposuit Iohannes Paulus
A partir daí era só festa, em homenagem aos seus dois últimos predecessores, João XXIII e Paulo VI, os papas do Concílio Vaticano II, Luciani inovou e pela primeira vez teve um nome papal composto.
Foi papa até a sua morte em 28 de setembro de 1978, aos 33 dias de pontificado, dando lugar em 16 de outubro do mesmo ano ao Beato João Paulo II.

© Imagem: A Santa Sé - O Santo Padre- João Paulo I:  http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_i/index_po.htm Acesso em 26/08/2013

Tá perdido? Oriente-se!!

Não deve ser novidade para ninguém (e se for,prepare-se) que viver em Cristo não é nada fácil. São desafios para ser testemunho na escola, na faculdade, no trabalho, na família então...Aí tem horas que a gente quer fazer tudo certo, e quando vê, só fez besteira. Calma, você não é o primeiro, e nem o último a passar por isso. Imagina que até São Paulo pisava na bola: "Não faço o bem que quero, mas o mal que não quero." (Romanos 7, 19). Mesmo chamados á santidade, nosso caminho sempre será de erros e acertos, mas o importante é sempre caminhar!

Mas dá pra tentar errar menos? Saber se o que eu estou fazendo é o certo? Que escolhas devo fazer? Será que vou ser feliz com as decisões que eu tomar? SOCORRO!!!

Essas e outras bilhões de perguntas devem invadir a mente de vocês todos os dias,certo? E muitas vezes a gente fica sem resposta. Se você se sente perdido, oriente-se, ou melhor, peça orientação!!

A Igreja é Mãe, e nos dá várias pessoas que, através de sua experiência com Deus e com os irmãos,podem ser essa "bússola" que a gente precisa. São os orientadores espirituais, que podem ser sacerdotes, religiosos, ou até mesmo leigos com a devida formação para isso. Eles não são mágicos ou vão te mandar para ir aqui ou lá, mas como o próprio nome te diz, vão lhe orientar, lhe ajudar a enxergar sua vida pela ótica de Deus, e tomar posturas que sejam de acordo com a Vontade Dele. 

A trilha da santidade não se faz sozinho. Precisamos da Graça e da mão dos irmãos para sermos conduzidos àquilo que somos chamados a ser: um só em Cristo. Por isso, procure um orientador para ser essa mão amiga e dar aquele "empurrãozinho" nos momentos em que precisamos dar passos concretos na nossa vida!

Que Deus nos abençoe!






sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Idade Média = Idade das trevas?


Muito ouvimos, principalmente no ensino médio e até na faculdade – dependendo de qual curso fazemos - a respeito da Igreja Católica na Idade Média. O que teria feito a Igreja, como teria sido o período da Idade Média, e nossos professores normalmente ensinam que o período fora um “Deus nos acuda”, uma coisa terrível de se pensar. Que a Idade Média é, por isso, chamada de “Idade das Trevas”. Mas será que isso tudo é verdade? Vejamos.

Diferentemente do que muitos historiadores mais antigos alegavam, os historicistas mais atuais, a exemplo de dois que vou citar por aqui mais adiante, reviram esse posicionamento histórico duvidoso, no intuito de tentar descobrir a verdade. E então, amigos leitores, a descoberta foi a seguinte: a Idade Média foi responsável por grande parte do conhecimento científico que passou às gerações seguintes. Isto é facilmente comprovável se observarmos que foi a própria Igreja a criadora das Universidades. Sim, das Universidades! Aquelas que grande parte de nós frequenta, e que movimentam o mundo tecnológico e o mundo do trabalho. Foram criadas (pasmem!) pela Igreja Católica!

Monge copista
É claro que a difusão do conhecimento na Idade Média era bem diferente da que temos hoje. E isso porque, na época, faltavam recursos tecnológicos. Não havia, por exemplo, máquinas de fotocópia, nem mesmo gráficas ou impressoras, que pudessem facilitar a impressão de livros ou apostilas em massa. Não havia computador, não havia internet. Sequer a máquina de escrever havia sido inventada à época. Então, sabem como os livros eram produzidos? Pelos monges, nos mosteiros, MANUALMENTE! Pensem na dificuldade que isto representava, e aproveitemos para agradecer a Deus por todas as facilidades tecnológicas de que dispomos hoje...

Mesmo com toda essa dificuldade, a Igreja sempre investiu em educação. Para terem uma ideia, ela alfabetizou gerações de bárbaros (sim, bárbaros! Aqueles que viviam fora do Império Romano, não falavam o latim, e eram tidos pela maioria da sociedade como incivilizados, rudes, grosseiros e até perigosos!). A Igreja não apenas catequizou os bárbaros, mas ensinou-os a ler e a escrever, e todos os livros e bibliotecas da época não eram restritos aos monges nem aos religiosos da época, mas eram estendidos a todos quantos quisessem ter acesso ao conhecimento. As bibliotecas eram, sim, abertas e disponíveis a todos. No entanto, como a produção de livros era difícil, talvez não se tivesse a mesma procura pelo conhecimento e pela alfabetização que temos hoje.

Muitos Papas quiseram investir pesado em alfabetização e educação das classes sócio-econômicas mais inferiores, citando isto, inclusive, em Concílios, como orientação para todo o clero. E isso, de fato, era respeitado. As escolas criadas à época não eram apenas para quem dispusesse de condições de custear o seu pagamento, muito embora fossem pagas. Sempre se abriu as portas das escolas e universidades para os desprovidos de recursos. A Igreja tem sido caritativa desde sempre. Não nos esqueçamos, além disso, que continua a ser a maior instituição caritativa do planeta. As maiores redes de caridade do mundo foram criadas por Madre Teresa de Calcutá, religiosa fundadora das Missionárias da Caridade, beata católica em processo de canonização.

Universidade na Idade Média
Por essas razões, meus amigos, não nos enganemos: a Idade Média não é a Idade das Trevas, mas sim a Idade da Luz! Em meio ao arcabouço cultural e científico criado pela Igreja no período, seria um erro crasso atribuir trevas a uma Era que foi, antes, de muita luz. A luz do saber, do conhecimento científico, e da preocupação com o outro (desde sempre!), para que todos pudessem ter acesso a esta mesma informação, e que pudesse ser repassada de geração a geração.

Só por curiosidade, os historiadores que usei como base são Thomas Whoods, P.H.D. em história medieval pela Universidade de Harvard, nos EUA, e Daniel Roops, autor do livro “Igreja das Catedrais e das Cruzadas”.

Sobre a questão das Cruzadas e da Inquisição, não me deterei com maiores detalhes neste artigo. No entanto, necessário observar que a época esteve marcada por dificuldades também típicas do seu momento histórico. Há dados distorcidos que nos são apresentados como se verdades fossem. Com isso, tomemos cuidado! Podemos correr o risco de sair por aí transmitindo informações que não são verdadeiras. O importante a ser dito aqui é que o Estado da época detinha a cultura de punir com a morte, e isto era feito para todos os crimes, e não apenas para os eclesiásticos (crimes cometidos contra a Igreja, como o crime de heresia). A Igreja também puniu com a morte em algumas situações, mas é preciso dizer que os números oficiais não chegam nem perto dos que nos têm sido apresentados. Foram muito, mas muito menores mesmo. Não querendo colocar a culpa para cima do Estado, mas entendo que a época foi, sim, de barbárie no que tange aos métodos de punição que o Estado propunha, e a Igreja concretizava EM POUQUÍSSIMAS SITUAÇÕES, mesmo porque não havia, nessa época, separação entre Estado e Igreja. Eram uma coisa só. A partir daí, no entanto, os métodos mudaram. Foram dificuldades da época, mas que já passaram, e não podemos ficar com a ilusão de que a Igreja praticava um genocídio, que matava a todos que não concordavam com ela, pois não era assim. A Igreja se opunha aos cristãos que não viviam o cristianismo como proposto, mas não aos muçulmanos, judeus e adeptos de outras religiões que não seguissem os dogmas, mesmo porque isso não era de atribuição dela!

Enfim, amigos, muito se disse, e muito ainda há a ser dito a respeito da Idade Média. Muitos erros históricos ainda precisam ser retratados. O espaço e o tempo são curtos, mas espero, com estas breves linhas, ter ajudado vocês a refletirem um pouco sobre a Idade Média, este período rico e tão importante de nossa história. Não nos deixemos ser passados para trás! A Igreja tem sido caluniada há séculos em nome de uma falsa difusão da verdade. Penso que precisamos observar os fatos antes de querer discutir argumentos, para não cairmos no risco do erro. De posse destas informações, naquilo que é oportuno, não deixemos nossa Amada Igreja, fundada por Cristo, ser caluniada por aqueles que não conhecem bem a história. Estudemos e repassemos o conhecimento, como se fazia desde a Idade Média.
Um abraço a todos, e a paz de Cristo nos seus corações.


Jennifer Gama 

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Quem fica não sai do lugar!

Eu comecei minha vida na Igreja graças a um grupo de jovens, e desde aquela época (que faz tempo!) até hoje, em que continuo próxima da juventude, uma das questões que ronda a cabeça da galera é a história do "ficar". E se não é no grupo (pra não pegar mal), é na balada (muitas vezes com quem é do grupo, baita coerência,não?).Também tem aquela amizade entre um rapaz e uma moça, que começa lindo,saudável, até que o abraço vai ficando cada dia mais intenso que uma hora você já não sabe quem é um quem é outro, ficam hoooooras a fio no celular um com o outro e ao invés de pararem com tudo, terem uma conversa séria sobre seus sentimentos e tomarem decisões firmes (ou seja,namora ou segue aquela amizade legal do início), ficam "ficando", andando em círculos. Sabe quem fica feliz nessa história? Apenas aquela carência momentânea,que não faz nem um nem outro crescerem. E já é hora de crescer gente!
Todo mundo sabe que o período da adolescência e da juventude os hormônios estão todos tentando achar o seu devido lugar. Como isso ainda não acontece, os sentimentos, desejos, vontades, ficam um pouco difíceis de compreender mesmo, é normal. Porém, não dá pra ficar justificando sempre os nossos atos colocando a culpa nos hormônios. Somos gente, não animais que são conduzidos por seus instintos. Vamos lembrar que o outro não é feito para satisfazer os nossos desejos, mas como imagem e semelhança de Deus, deve ser cuidado, respeitado (estando na igreja ou na balada,ok?). E São Paulo também nos anima nessa luta contra as tentações da carne:

Não vos sobreveio tentação alguma que ultrapassasse as forças humanas. Deus é fiel: não permitirá que sejais tentados além das vossas forças, mas com a tentação ele vos dará os meios de suportá-la e sairdes dela. (I Coríntios 10, 13)

Então pessoal, vamos tentar dar um passo certo de cada vez! Um dia eu ouvi do Dunga (Canção Nova) que um santo matrimônio vem de um santo noivado, que é resultado de um santo namoro que surgiu graças a uma santa amizade. Já o "ficar" é só ali, aquele momento e????? Ás vezes até pode dar em namoro, mas ninguém é carro pra fazer test drive .

Para finalizar, nada como nosso querido Papa Francisco falando para que valorizemos e sejamos responsáveis pela dignidade do outro:

"Não deixemos entrar no nosso coração a cultura do descartável. Não deixemos entrar no nosso coração a cultura do descartável, porque nós somos irmãos, ninguém é descartável" 25/07/2013, na Vila Manguinhos, Rio de Janeiro

E essa aqui é fenomenal:

"Há quem diga que hoje o casamento está “fora de moda”; na cultura do provisório, do relativo, muitos pregam que o importante é “curtir” o momento, que não vale a pena comprometer-se por toda a vida, fazer escolhas definitivas, “para sempre”, uma vez que não se sabe o que reserva o amanhã. Em vista disso eu peço que vocês sejam revolucionários, que vão contra a corrente; sim, nisto peço que se rebelem: que se rebelem contra esta cultura do provisório que, no fundo, crê que vocês não são capazes de assumir responsabilidades, que não são capazes de amar de verdade. Eu tenho confiança em vocês, jovens, e rezo por vocês. Tenham a coragem de “ir contra a corrente”. Tenham a coragem de ser felizes!" Discurso aos voluntários da JMJ 2013.

Sejam estes revolucionários do amor! Deus deu esta capacidade para vocês!

Que o Senhor nos dê a graça de vivermos amizades e namoros santos, com o olhar sempre no Eterno. 

Deus abençoe!


quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Testemunhos JMJ - parte 1 (Arthur Silva)


Vamos começar nossa série de testemunhos sobre as graças que cada jovem viveu na Jornada Mundial da Juventude que aconteceu no Rio de Janeiro. É muito bom para relembrar e deixar sempre vivo em nós tudo o que Deus semeou nos nossos corações e que logo veremos (se já não estamos vendo) os frutos desse evento histórico!

O primeiro testemunho é do Arthur, de Pelotas - RS, que foi como voluntário.


                                                               Servir a Igreja

Eu com Patrícia, coordenadora dos voluntários nacionais
A Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, me deu mais certeza ainda que a Igreja Católica é a Igreja de Cristo, fico perguntando-me: Como pode, haver a reunião de 3,7 milhões de pessoas em um só lugar sem a mão de Deus agir sobre isso? Como pode? É claro que se tudo isso fosse apenas um evento humano não poderia, portanto a Jornada Mundial da Juventude é um evento divino. Portanto como evento divino e como a Igreja é de Cristo devemos servi-la, é aquele clichê eclesiástico de que nada vale a fé sem as obras, por isso Nosso Senhor me chamou a servir diretamente a Igreja Universal em sua plenitude no evento em que seu Vigário estaria celebrando.

Em janeiro de 2012 abriram-se as inscrições para o voluntariado da JMJ 2013, não tardei em me inscrever, pois já havia estado como peregrino na JMJ Madri 2011 e me sentia chamado desde lá para servir na JMJ 2013, o nosso saudoso Papa Bento XVI naquela ocasião em Madri disse: “Compraz-me agora anunciar que a sede da próxima Jornada Mundial da Juventude, em 2013, será o Rio de Janeiro” e desde então me senti chamado a estar como voluntário no Rio.

Chegou então em Maio de 2012 quando recebi o e-mail do Setor de Voluntariado, que eu havia sido selecionado para servir na JMJ como voluntário, a partir daí recebemos maiores instruções de como garantir a seleção, e como poderíamos acessar o treinamento. A partir daí vieram muitas dúvidas em ser ou não voluntário, muitas responsabilidades viriam, muitas coisas iriam ser definidas em minha vida se eu aceitasse essa função que Deus havia me colocado, será que eu era merecedor de tão grande graça? Servir a Igreja em sua plenitude? E as respostas aos poucos chegavam, o treinamento nos dizia que ninguém era merecedor das graças de Deus, mas que o Cristo morto e ressuscitado nos cumulou de merecimento. Então aceitei essa vocação.

Passou-se o tempo, foi chegando a jornada e o coração foi sendo abrasado, cada dia mais em oração para o bom êxito do meu trabalho e de toda a JMJ. Então chegou o dia 15 de julho, dia da apresentação dos voluntários, chegando ao Rio de Janeiro, fui direto para a Catedral Metropolitana de São Sebastião do Rio de Janeiro, para a retirada do Kit Voluntário, chegando lá fiquei 7 horas esperando e não recebi, foi um teste de fé. Fui então para o alojamento, cerca de 30 minutos de distância do centro e conheci pessoas maravilhosas que me receberam e compartilharam comigo a Jornada inteira. A partir daí fomos treinados e escalados para as nossas funções. Durante o treinamento me perguntei de novo: Senhor, eu sou digno disso? Ele me respondeu, sim! Então fui até o Aeroporto Santos Dumont, meu local de trabalho e comecei a trabalhar, receber os peregrinos que lá chegavam, onde pude conhecer muitas pessoas e praticar o que Deus havia me dado, a graça de estar ali. Foi muito grande o trabalho, porém as graças recebias foram maiores.

Quando chegou a quinta-feira, dia 25 de julho, recebi um e-mail dizendo que eu havia sido de última hora alocado para estar no Cordão de Isolamento da Avenida Atlântica, em Copacabana, na sexta-feira, onde o Santo Padre o Papa Francisco iria passar. Aí tive a certeza de que Deus estava me olhando de uma maneira muito singular durante esse tempo, poder olhar o Papa sem ninguém na frente e se sentir tocado por ele, foi experiência magnífica e bela em minha passagem pelo Rio de Janeiro. Passou-se a semana e finalmente veio a Vigília e a Missa de Envio, em que eu pude ser mais um peregrino durante esse tempo, e pude aproveitar, a vigília com a Adoração ao Santíssimo Sacramento foi especial, pude me ajoelhar e adorar Nosso Senhor, e agradecer a ele todas as graças cumuladas em mim durante esse tempo. Durante a Missa de Envio, pude deleitar-me das maravilhas que Deus fez para mim, pois a graça foi tão grande que me foi dada.

Quando faço a reflexão de tudo o que aconteceu, tenho a mais profunda certeza de que quando servimos ao Senhor, mais e mais Ele nos cumulará de sua graça.

Arthur Silva

terça-feira, 20 de agosto de 2013

E apareceu um grande sinal no céu...

 Nas últimas semanas tem tomado grande repercussão na mídia, principalmente na mídia cristã, os ataques as Igrejas cristãs no Egito. Os ataques, que foram promovidas pela Irmandade Muçulmana que aos poucos vem tomando o poder de maneira insurrecional nos países do Oriente Médio, aparecem dentro de um contexto atual de perseguição e martírio, além de intolerância religiosa e fundamentalismo descabido.

Meninos rezando em uma das 53 igrejas queimadas até agora no Egito

O martírio, consequência última do amor a Cristo, sempre foi motivo de santificação, não só dos grandes homens e mulheres que entregaram sua vida em favor de Cristo e da Igreja, mas das pessoas que foram testemunhas destes acontecimentos. O mártir diácono Santo Estevam, foi uma prova viva que a perseguição aos cristãos inspira a comunidade e a torna cada vez mais próxima do mistério da morte e ressurreição. Quando uma pessoa por livre e espontânea inspiração, pois o martírio é um Dom de Deus, entrega sua vida pelo nome de Cristo, ele se une ao sofrimento de Jesus na cruz e, por participação, tornasse um pequeno redentor em uma comunidade.
Cristãos egípcios rezando em uma igreja Copta
“Nunca se viu ninguém morrer por sua fé no sol” dizia são Justino e nos é lembrado na encíclica Lumen Fidei. Jesus nos inspira atos verdadeiramente heroicos, de total despojamento e de piedade, o Espírito Santo guia no sentido de dar fortaleza ao homem para que ele faça aquilo que é chamado a fazer. 


O Grande São Policarpo de Esmirna, mártir, responde a todos àqueles que acham que é melhor ocasião negar a Jesus Cristo do que morrer, dizendo a um estádio cheio de pessoas que queriam condená-lo:  "Se tu pensas que vou jurar pela fortuna de César, como dizes, e finges ignorar quem sou eu, escuta claramente: eu sou cristão.” Policarpo se nega a prestar adoração a Cesar e diz bem claro a quem quiser ouvir, ele é cristão. Ser de Cristo é a diferença, a maior prova da existência de Jesus não se encontra nas escrituras, mas na memória daqueles que por ele deram sua vida, pois, acaso é possível  dar a vida por algo que nunca se viu e nem se tocou?
São Policarpo de Esmirna,mártir
O sangue dos Mártires é sinal da chegada do Senhor, e não poderia ser diferente, pois aqueles que encontram a Deus já não pertencem a este mundo e nem a si próprios e sabe, no fundo de sua alma, que se quiserem salvar suas vidas a perderam e quem perder a vida por amor a Cristo a ganhará. Quando Jesus nasceu o sangue dos mártires já se derramava, quando Herodes mandou matar todas as crianças esperando findar com o até então desconhecido Messias, e continuou a se derramar ao longo dos séculos, ainda que mais proeminentemente nos três primeiros séculos do cristianismo e no último século.

O número de cristão mortos no último século supera, em número, o total dos 20 séculos anteriores. Houve grandes holocaustos de cristãos na Rússia, no México, em países de predominância árabe e outros tantos. O cristianismo, ainda que com a passagem do tempo, não mudou, e está no mundo para ser motivo de salvação, ainda que para isto sangue de inocentes seja derramado.
“E apareceu um grande sinal no céu...” A esperança cristã não reside nas coisas do mundo, mas naquilo que está por vir, o mistério da vida eterna junto à graça de Deus é o maior tesouro que um cristão pode buscar aqui na terra. O maior motivo de alegria para qualquer Católico é saber que, um dia, será recebido por Deus e ele dirá: “Muito bem, bom e fiel servo...”

Que Deus nos abençoe.


Christian Nunes

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

O nosso coração está em Deus!

Hoje, durante a Santa Missa, refleti sobre o que significaria dizer que "O nosso coração está em Deus"...
Nós católicos muitas vezes acabamos falando por falar, mas esquecemos de que a boca deve pronunciar aquilo que no coração já existe a muito tempo, convido a vocês a se perguntarem, realmente, nosso coração está em DEUS?

Irmãos, eu não tenho ideia de onde se encontra seu coração agora, não sei dizer se seu coração está nos vícios dos pecados carnais, não sei dizer se seu coração está esperançoso, não sei dizer se você está triste, com saudade, com medo, a unica coisa que sei é esta, lembre, não importa onde seu coração está se ele não estiver em Deus! De que adianta ter um coração feio, destruído e arrasado pelo pecado? De que adianta se deixar contaminar? Irmãos, coragem, tenham seu coração em Deus!


Mas, o que significa dizer que nosso coração está em Deus? Que ele não está no nosso corpo e sim no céu, com Deus...Éhh... NÃO! Um coração que está em Deus é um coração alegre, um coração que respeita o seu corpo, sua castidade, sua beleza em ser imagem e semelhança!
É possível ter um coração em Deus! Coragem! Eu costumo usar o exemplo do Sacrifício de Isaac, que no lugar, ficou conhecido como Deus prove, eu faço um convite a vocês, larguem sua vida de pecado, larguem seus vícios, primeiramente escolham largar e acabem com tudo! E depois? O que vai acontecer? Deus provê...

Irmãos, unidos possamos proclamar que o nosso coração está REALMENTE em Deus!

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Vocação: suba nessa barca!

Conversando com um jovem logo após a Vigília da JMJ, entre os assuntos aleatórios que surgem mesmo depois de 9 km de caminhada, movidos a Polenguinho e torrada, entrou em pauta o assunto "vocação". O menino, bem jovem, disse: "acho que sou novo pra isso". Mas a resposta para esta questão ééééé...não! Muito pelo contrário, pois o chamado de Deus vem conosco desde antes de nascer "Antes que te formasse no ventre te conheci, e antes que saísses do seio de tua mãe, te santifiquei; às nações te dei por profeta."Jeremias 1,5

Buscar o tesouro escondido

Não somos frutos do acaso. Independente de como fomos concebidos, fomos criados por Deus primeiramente por que Ele é só amor, e nos deu o dom da vida por causa desse amor infinito. Mas também nascemos com um desígnio, não só para nos ocupar-nos em nascer e morrer, mas para de alguma forma, grande ou pequena, transformarmos o mundo que nos cerca, levando a ele o próprio Deus. Você é uma profecia de Deus!

E ao sermos sonhados e criados por Deus, já entrava "no pacote" aquilo que seríamos para que fossemos plenamente realizados. Nossa vocação faz parte da nossa identidade, e é através dela que serviremos bem aos outros e nos sentiremos completos. E isso não desmerece em nada a profissão a ser escolhida, porém muitas vezes nos preocupamos tanto naquilo que devemos fazer e não naquilo que devemos ser.

Matrimônio, sacerdócio, vida consagrada ou celibatária. Um desses tesouros está guardado no mais íntimo do seu ser, e como você vai encontrar? Cavando através da oração, dos sacramentos e conhecendo todas estas formas de vida. Um hora Deus dá aquele "estalo" que te conduz ao que você é chamado desde sempre. Não é algo repentino, mágico, mas um caminho de descobertas, e tendo Cristo como companheiro dessa trilha, não há perigo de se perder!

Por isso, não tenha medo de subir na barca da fé,  pois Deus está no comando!

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Ser regra para Deus,e uma exceção maluca para o mundo

A primeira postagem deste blog, no dia da Assunção de Nossa Senhora aos Céus, tinha que ser dedicada a ela, uma jovem que era igual a muitas, mas que decidiu fazer a diferença. Mas não pense que foi uma decisão simples ou ativista, do tipo "beleza Senhor, topo ser a mãe do Salvador, eu sei que sou capaz!", mas foi uma resposta de completa submissão: "Eis aqui a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a Tua Palavra" Lc 1,38.

Escrava? Fala sério...
Escrava, sim, para o desespero do pensamento feminista de hoje. Mas o que é loucura para a sociedade, é o verdadeiro desejo do coração de Deus. Reconhecer nossa pequenez diante de Sua imensidão e assim, nos submetendo à Sua Vontade, sermos acolhidos não como escravos, mas como filhos benditos do Pai. E por ter sido serva, o próprio Filho Jesus a corou Rainha do Céu e da Terra. Ou seja, sua vida obediente a fez ser a mulher que pisaria na cabeça da serpente (Gn 3) e seria vestida de Sol (Ap 12)

Vida de Maria,sonho de Deus para nós!
Uma vez, o querido Monsenhor Jonas Abib deixou muito claro que a Assunção de Maria não foi uma exceção, mas a regra que valeria para toda a humanidade, se não tivéssemos caído nas redes do pecado. Sim, desde Adão e Eva a meta de Deus é que vivêssemos eternamente, em corpo e alma, em plena comunhão com Ele. Maria, a "tota pulchra" por desígnio divino, alcançou esta meta, e pela morte e ressurreição de Nosso Senhor, Jesus Cristo, recebemos a graça de unidos ao Seu corpo cheio de Glória, habitar com a Ssma. Trindade e no grande dia,ressuscitarmos e também estarmos de corpo e alma, com Nossa Senhora e todos os Santos celebrando o Deus Todo Poderoso.

                                                                           Sonhe alto!
O Papa Francisco disse aos jovens antes da Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro "Jovens, não tenham medo de sonhar coisas grandes!". Maria é o exemplo, não fomos feitos para pouca coisa. Nossa vida não se resume em estudar, trabalhar, se aposentar e morrer. Somos muito mais que isso, somos "herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo" (Rm 8, 17). Por isso, não deixe de ter grandes metas, reze e peça a Deus, que se for de Sua Vontade, você alcance e através de sua vida, o perfume de Cristo se derrame sobre a humanidade                                                                            que geme e sofre, necessitada Dele.

Vamos juntos! Sursum corda!