quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Santidade e autenticidade - não só rimam, mas combinam!

Hoje minhas palavras não serão baseadas na Palavra ou em Encíclicas, CIC, ou qualquer elemento da Doutrina, que são nossa base e são de extrema necessidade. Na verdade, baseado está, mas de uma forma bem mais prática e informal. Resumindo: fiquei com vontade de falar e resolvi usar o blog pra isso. Ponto.
Calma gente, não é nenhum tratado de revolta ou uma oportunidade para dar "indiretas" pra ninguém não, mas sabe aqueles devaneios que surgem em horas específicas (tipo, no banheiro ou jogando Candy Crush,que foi o meu caso) e que não cabem dentro de você? Pois então, este post é pra colocar o que veio ao meu coração para vocês. E não pirem nas concordâncias ou na gramática, o objetivo hoje é ser coloquial (meu marido que não ouça hehe).
Bom, vamos ao assunto: me parei pensando de como vemos a santidade, chamado irrevogável que recebemos no nosso Batismo, e que nosso coração deseja viver, ainda que não saibamos direito como. Às vezes (digo, a maioria das vezes,senão sempre!) confundimos ser santo com ser perfeito e aí caímos em dois erros: ou de se sentir um lixo porque sabemos que ser perfeito é impossível, ou buscamos dar uma "maquiada", quer dizer, tentamos mostrar que somos perfeitos em uma ou duas atitudes, o resto a gente coloca pra debaixo do tapete. E nem adianta dizer que nunca fez isso, de alguma forma ou de outra, todo mundo um dia já se pegou fazendo isso, senão, um exame de consciência vai ajudar bastante.
E aí surge o grande problema de muita gente não querer buscar à Igreja, pois infelizmente somos nós que fazemos a propaganda errada. Buscamos mostrar uma imagem de "família de comercial de margarina" porque optamos por Deus, o que não é verdade, e deixamos de testemunhar que fomos escolhidos por Ele, mesmo fracos, pecadores, porque o Seu Amor é imenso.
Ser santo é ser autêntico, é mostrar que corre para ser o melhor para Deus, mas sem  "pagar" de bom para os outros. É assumir suas falhas, sem parar nelas, sabendo que Cristo morreu por nossos pecados e somente abraçados Nele venceremos o que há de "homem velho" dentro de nós. Os nossos irmãos que nos antecederam na glória foram assim também, olha São Pio de Pietrelcina, era esquentado que só ele, a ponto de estapear um de seus filhos espirituais, mas tinha um coração apaixonado por Jesus Crucificado, tanto que Nosso Senhor o presenteou ao receber Seus estigmas.
Vamos buscar juntos trilhar este caminho de santidade? Muitas vezes caindo sim, mas lembrando que "se deve amar a luta, e não a queda". Levanta e segue, pois o Céu é feito para você!

Shalom!

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Proposta indecente - Resposta virtuosa


Meninas, hoje venho tratar de um tema que interessa a todas nós. Estive lendo este belo testemunho (leia aqui ), e resolvi compartilhá-lo com vocês. A necessidade de compartilhá-lo aqui foi algo que me brotou espontâneo, pois é um assunto muito importante e sempre atual.
Os textos são auto-explicativos, mas eu gostaria apenas de fazer algumas observações a respeito.

Precisamos sempre seguir nossas consciências, ser fieis aos nossos princípios e valores. Hoje em dia, o mercado de trabalho está realmente muito concorrido, e por conta disso muitas pessoas acabam relegando seus valores a segundo plano, quando da busca por um emprego. E a justificativa costuma ser a mesma: que, caso não procedam dessa forma, poderão - e muito provavelmente ficarão - sem um emprego, pois a concorrência é muito forte. E falando especificamente do mercado musical, da moda, do cinema e do teatro, isso é ainda mais frequente - o que não quer dizer que não possa ocorrer em outras áreas. Meninas, o que tenho a dizer para vocês é o seguinte: não ludibriemos nossas convicções na busca por um emprego. Sabem por quê? Minha conclusão é simples: porque cedo ou tarde os problemas despontarão. Aquele valor que você deixou lá dentro da consciência, guardadinho nas gavetas do que gostaria de ter feito mas não fez, passará para o seu mundo inconsciente e virá a causar estragos. Vocês poderão ler o exemplo dessa moça que aceitou fazer as cenas de exposição sexual, e aí entenderão melhor do que falo. Não raro há "profissionais" - se é que assim posso chamá-los - que se atrevem a aproveitar-se da falta de experiência e de maturidade de jovens como nós, para expô-las a algo que, além de humilhante, é também um atentado contra a própria dignidade feminina. Lembremos que feminilidade e exposição daquilo que em nós merece maior pudor e cuidado, não combinam. Por isso precisamos estar atentas. O exemplo das meninas do artigo ilustra bem a necessidade de formarmos nossas consciências para resistir brava e ousadamente perante esta espécie de proposta. Afinal, mais do que simplesmente ter um emprego, o que mais importa na vida é ter uma consciência tranquila de que estamos cumprindo verdadeiramente nosso papel de mulheres e católicas. Ser sal da terra e luz do mundo implica, antes de mais nada, em sermos autênticas. Busquemos, pois, com valentia estes valores. E quanto ao emprego?? "Buscai primeiro o reino de Deus e a Sua justiça, e tudo o mais vos será dado por acréscimo". (Mt 6, 33)
Boa leitura a todas! Aguardo seus comentários!

Um grande e carinhoso abraço de quem, assim como vocês, sabe o que é a dificuldade da busca por um emprego e enfrenta, também, as incompreensões típicas de quem se dispõe a ser um cristão autêntico no mundo de hoje.

Com carinho,

Jennifer.




terça-feira, 29 de outubro de 2013

Vocação: A mensagem de Viktor Frankl



Pessoal, gostaria de recomendar uma leitura, não de somente este artigo que irei disponibilizar, mas de toda a obra de Viktor Frankl cujo artigo que estarei disponibilizando só é uma motivação para a leitura do mesmo. Viktor Fankl, diferente dos psicólogos hoje tão canonizados por todo o meio cientifico, como exemplo o próprio Freud, que colocava com grande ênfase motivações fisiológicas para os problemas da psique humana, como repressão sexual, por exemplo. Frankl descobriu, a custo de muita angustia e dor em um campo de concentração nazista, que o Ser Humano, mesmo em situações mais desesperadoras, é capaz de ser extremamente corajoso, bondoso e pode possuir toda a sorte de virtudes, sendo necessário apenas se apegar ao bem, que ele definiu como a vocação, o amor ao próximo, ou a sua amada, e o amor à Deus; ao contrário do que Freud mesmo dizia que, quando colocados em situações extremas, o ser humano perderia sua casca de espiritualidade e passaria a se comportar segundo sua própria natureza, como um bicho.
Principalmente para aqueles que querem desenvolver sua capacidade de relacionamento, ainda mais em sua profissão como na área da saúde ou das humanas em geral, conhecer a natureza humana e a ordem natural das coisas é extremamente importante. Compreender o ser humano também é compreender o sentido transcendente que as coisas possuem, é também compreender que todo o homem possui uma transparência que reflete o Bem Maior que é Deus, nosso Mestre, sem compreender isso estaremos perdidos no escuro, tendo como guia algozes.
Sempre quando eu recomendo leitura de algum autor não católico, como o caso de Frankl, que era judeu, eu recomendo ter sempre um filtro, mas devemos ao mesmo tempo lembrar que o Espírito da Verdade não se atém a fronteiras, mesmo essas fronteiras sendo santas, pois se não fosse assim seria impossível evangelizar um pagão, por exemplo. Deus distribuiu seus frutos de amor conforme a sua vontade e podemos coletá-los em fontes muitas vezes inesperadas, claro que a Igreja, como mãe, vai nos dizer o que podemos e o que não podemos confiar.

O Texto se chama “A mensagem de Viktor Frankl” de Olavo de Carvalho

Os Livros publicados de Viktor Frankl possuem tradução em português, que por sinal é boa, da Editora Paulus, que aparentemente é Católica, e possui edição sendo vendida na internet.


quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Amor livre, amor bandido, amor romântico...Amor??

Todos os dias quando passo de ônibus por algumas casas, vejo alguns muros pichados (O ó da rebeldia inútil) com a frase "Amor sem posse". E a partir daí me lembrei de que a palavra "Amor" tem sido usada tanto nos últimos tempos, mas de um jeito tão tosco, que se eu fosse a a palavra, eu fugia.
Amor hoje é pretexto ( Eu fiz por amor,tá?), argumentação ( Se há amor, que mal tem?). E em nenhuma das frases, o sentido real sobressai. Na cultura do descartável, do provisório, usamos o amor para o nosso bel prazer, e no final não estamos... amando! E sabe por quê? Porque ainda acreditamos que o amor é um sentimento. E não é? Não, não é. E eu explico.
Vamos lá para a Primeira carta de São João: "Deus é Amor" (Jo 4,8). A frase que parece batidinha e cartaz de igreja protestante é o centro da nossa concepção de Amor. Aí já cai por terra o sentimento, pois
vemos que o Amor é uma Pessoa, o próprio Deus, e não há como ver o Amor sem ter o embasamento em Deus. Aí já estaria bem explicado, mas ainda tem mais.
Não bastasse o Amor ser, o Amor deseja fazer. Se torna Verbo, encarnado, conhecedor das alegrias e dores do ser humano. É o próprio Cristo, que ama se abaixando até a pior condição de pecador, sem nunca ter pecado, para que nós, dignos de toda condenação, fossemos libertados e novamente pudéssemos participar da comunhão da Trindade.
E aí também voltamos para a Palavra em 1Cor 13 (sim também tem na música "Monte Castelo" do Renato Russo). O amor é aquele que não se condiciona, e não espera recompensa. Pense em Deus e em Sua bondade constante, e a nossa ingratidão diária. Imagina se, por não recompensá-Lo na mesma medida ( o que nunca conseguiremos fazer), Ele cansasse, desistisse da gente. Para o próprio Deus isso é impossível, pois Ele é AMOR, e o Amor não cansa nem se cansa.
E como viver isso? Simplesmente amando. O Monsenhor Jonas Abib, fundador da Comunidade Canção Nova estava aconselhando um jovem que queria se separar de sua esposa,pois alegava que o amor havia acabado. O padre lhe disse:
- Sabe como você pode trazer de volta o amor que você tinha por sua esposa? Amando! Pois amar é um verbo,e só existe amor quando se ama.
Apesar do pleonasmo, a verdade é essa. Quer viver o Amor? Simplesmente ame, como diria a Beata Madre Teresa de Calcutá "até doer". Quando você estiver fazendo algo pelo outro, mesmo contra a vontade, mesmo sabendo que não será recompensado, aí é Amor. É fácil? Claro que não! Impossível? Se você decidir por este caminho, Jesus será seu companheiro de viagem,e para Ele, nada é impossível.
Deus nos conceda a graça de amar até o fim, e que a Virgem Maria, Mestra do Amor, nos conduza neste caminho.
Shalom!

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Anunciada a data da Canonização dos papas João XXIII e João Paulo II

Papa João Paulo II e Papa João XXII
Nesta manhã, 30 de setembro de 2013, o Papa Francisco, presidiu o Consistório Ordinário Público para a Aprovação de Algumas Causas de Canonização. Estavam presentes além do pontífice alguns cardeais, e os não presentes representados pelo Cardeal Angelo Sodano, decano do colégio. Além dos cardeais estavam presentes o Prefeito da Casa Pontifícia, V. Exc. Rever. Dom Georg Gänsvein e alguns cerimoniários pontifícios chefiados pelo Mons. Guido Marini, Mestre das Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice. 

Este consistório tinha como objetivo a aprovação ou não das canonizações dos Beatos papas João XXIII e João Paulo II, tendo sido aprovadas, pelos cardeais presentes na celebração, o Papa Francisco então fez a leitura do documento resultante da aprovação e anunciou que as canonizações estão aprovadas e serão realizadas no dia 27 de abril de 2014, II domingo do Tempo Pascal ou Domingo da Divina Misericórdia, com a celebração da Santa Missa na Praça de São Pedro, no Vaticano, a ser presidida pelo papa. 

Breve histórico dos canonizáveis: 

O Beato João XXIII, nascido Angelo Roncalli dia 25 de Novembro de 1881 em Sotto Il Monte, Itália. Foi papa de 28 de outubro de 1958, sucessor de Pio XII, até o dia 3 de julho de 1963, dia de sua morte. João XXIII foi o papa que convocou e inaugurou o Concílio Ecumênico Vaticano II, sendo esse o grande ato de seu pontificado. Foi beatificado pelo Papa João Paulo II no dia 3 de setembro de 2000, na Praça de São Pedro. Foi o 261º Sucessor de São Pedro.

O Beato João Paulo II, nascido Karol Wojtla dia 18 de maio de 1920 em Wadowice, Polônia. Foi papa de 16 de outubro de 1978, sucessor de João Paulo I, até o dia 2 de abril de 2005, dia de sua morte. João Paulo II teve o 3º pontificado mais longo da história com 27 anos de duração, foi também o que mais viajou e criou as Jornadas Mundiais da Juventude. Além disso tudo foi o papa que celebrou o Jubileu do Ano 2000. Foi beatificado pelo Papa Bento XVI no dia 1 de maio de 2011, na Praça de São Pedro. Foi o 264º Sucessor de São Pedro. 

Seus nomes serão lembrados para sempre como São João XXIII e São João Paulo II, a partir da canonização. 
Consistório Ordinário Público para a Aprovação de Algumas Causas de Canonização

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Música secular = música do capeta??

Este é um daqueles tipos de questões que não haveria a necessidade de se trabalhar, se houvesse discernimento em todo mundo. Como sabemos que não é o caso até porque de doido todo mundo tem um pouco), uma vez ou outra surgem, principalmente no coração dos jovens ou de quem começou agora a participar da vida da Igreja a seguinte pergunta:

Posso ouvir músicas que não são da Igreja? Música "do mundo" me leva a pecar?

As respostas são respectivamente sim e depende. Sabemos que existem pessoas que podem querer me linchar por dizer isso, mas a verdade é que podemos escutar todo o tipo de música. Mas, para nós cristãos vale a máxima de São Paulo:

"Tudo me é permitido, mas nem tudo me convém" I Cor 6, 12

Ou seja, a Igreja não é uma tabuladora de regras que vai colocar leis infrutíferas goela abaixo dos seus fiéis. Mas ela nos convida a refletir, como neste caso:
Essa música fere a moral e a fé Católica?
Ela dignifica o ser humano?

Vários papas eram amantes da boa música, e não somente a sacra. João Paulo II amava músicas folclóricas, e nem todas eram relacionadas a Deus, e sim ao seu povo, ao amor,etc. Bento XVI tem um irmão que é um grande pianista, e ele também tem um grande conhecimento musical.

Ok, e o rock?

Lembro da polêmica que rodeava nosso Papa emérito quando foi lançado seu livro "Introdução ao espírito da Liturgia", obra escrita quando ainda era cardeal Ratzinger. Ele emitiu uma opinião acerca do estilo musical rock, e isso gerou uma tremenda confusão. Já quase declararam que o rock era proibido para os católicos!
Gente, aquela postura do então cardeal era apenas uma opinião, o que não transforma, pelo fato dele se tornar Pontífice, um dogma. Tem gente que gosta de peixe, outros não, agora se o Papa não gostar de peixe vamos deixar de fazer uma anchova na sexta feira? Claro que não!
Banda Cerimonya
O que ele salientou era a questão deste e outros estilo dentro da Liturgia, pois fere o Mistério do Sacrifício incruento de Cristo naquela situação. Ouvir num show, num grupo de oração (aí incluo a galera do Rosa de Saron, Cerimonya,etc) tá valendo. Rock (pagode, axé, valsa) secular, desde que entre lá naquela máxima que falamos acima, não há problema.

Para quem quer ler um pouco mais, recomendo a leitura da Carta de João Paulo II aos Artistas.Detalhe, é para TODOS os artistas!Leia aqui .

Deus abençoe!!!

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

A verdadeira revolução na vida de Pier Giorgio

Nosso próximo intercessor também é um jovem próximo a nós. Viveu na primeira metade do século XX  não é lá um beato muito convencional. Fazia alpinismo, era arruaceiro com os amigos, agia politicamente e amava muito aos pobres. Aí vai a história de Pier Giorgio Frassati. Se quiser saber mais acesse piergiorgio.com.br .


Pier Giorgio nasceu em Turim, Itália, em 6 de abril de 1901. Sua mãe, Adelaide Ametis, era pintora. Seu pai, Alfredo, agnóstico, foi fundador e diretor do jornal liberal “La Stampa”. Homem influente entre os políticos italianos, desempenhou também os cargos de Senador e Embaixador da Itália na Alemanha.

Ele estudou em casa antes de ingressar em uma escola estatal até ingressar em  uma escola dirigida por jesuítas. Ali se associou à Congregação Mariana e ao Apostolado de Oração, chegando a comungar diariamente. os 17 anos de idade, em 1918, ingressou na Sociedade São Vicente de Paulo e dedicou a maior parte de seu tempo livre ao serviço dos doentes e necessitados, cuidando dos órfãos e dos soldados da primeira guerra mundial que voltavam para suas casas. Decidiu se graduar em engenharia mineral na Universidade Politécnica de Turim, com a finalidade de “servir melhor a Cristo entre os mineiros”, como expressou a um amigo.

Em 1919 se associou à Federação de Estudantes Católicos e à Ação Católica. Diferenciando-se das idéias políticas de seu pai, chegou a ser membro verdadeiramente ativo do Partido Popular, que promoveu os ensinamentos da Igreja Católica embasados nos princípios da “Rerum Novarum”. 
Em Pier Giorgio, a caridade não consistia só em entregar algo para os demais, mas, antes em se entregar a si mesmo por  inteiro. Essa caridade se sustentava diariamente com Jesus Cristo Eucaristia, com a freqüente adoração noturna, com a meditação do hino da caridade de São Paulo e com férias na casa de verão da família Frassati, no vilarejo de Pollone, já que “Se todos saem de Turim, quem vai se encarregar dos pobres?”.

Costumava ir ao teatro, à ópera e aos museus: amava a arte, a música e proclamava versos inteiros de Dante. Os veementes sermões de Savaranola e os escritos de Santa Catarina de Sena o impulsionaram a ingressar em 1922 na Terceira Ordem Dominicana.
Faleceu em 1925, ao 24 anos de poliomelite. Seu funeral arrastou toda a cidade, principalmente seus amados pobres.
Foi beatificado em 1990, por João Paulo II.

Vendo um pouquinho dessa história, vamos pensar (e rezar) um pouco?

Eu entendo que santidade não é apenas ficar parado olhando para o céu,mas sim trazer o Céu para as pessoas?

Minhas atitudes refletem a pessoa de Jesus Cristo, seja na escola, na faculdade, no trabalho e na família?

Que como Pier Giorgio, saibamos buscar as coisas do Alto, e compartilhá-las com que necessita aqui na terra.

Deus abençoe!


terça-feira, 24 de setembro de 2013

"Se Tu queres Jesus, eu quero!" - Ser luz como Chiara

Vamos começar uma série sobre nossos santos e intercessores deste blog, para não somente conhecê-los, mas buscar como eles sermos dóceis à vontade de Deus.

A primeira é essa mocinha bonitinha, uma verdadeira "santa de calça jeans". Divertida, amava os esportes e desde os 9 anos, cultivou um Amor muito maior. Com vocês, Chiara Badano, ou melhor: Chiara Luce.


Fonte: focolare.org
Chiara é uma graça, que Ruggero e Maria Teresa Badano pediram a Deus durante 11 anos e que obtiveram, surpreendentemente, no dia 29 de outubro de 1971, em Sassello, cidade do interior da Província de Savona, na Itália.
Chiara é persistente, “fora dos esquemas” e atenta aos “mais necessitados”. Em 1981, com nove anos, participa do “Familyfest”, um grande encontro do Movimento dos Focolares. É uma revelação: «Passei a ter uma nova visão do Evangelho – escreve a Chiara Lubich – agora quero fazer deste livro o único objetivo da minha vida!».
Mas ainda cedo Chiara experimenta o sofrimento. Principalmente quando, por uma incompreensão com a professora e apesar dos seus esforços, deve repetir o primeiro ano do ensino médio. É a primeira vez que ela precisa confiar a Deus não só as alegrias, mas também os sofrimentos. Escreve a uma amiga: «De imediato eu não conseguia entregar esta dor a Jesus. Precisei de um pouco de tempo para me recuperar».
Aos dezessete anos, durante uma partida de tênis, uma dor aguda no ombro leva à trágica descoberta: um tumor dos mais graves, um osteossarcoma.
Um veredito difícil de aceitar. Quando volta para casa, depois das primeiras terapias, Maria Teresa a espera: «Chiara, como foi?». Mas ela, sem olhar para a mãe, joga-se na cama, por muito tempo, tomada por uma grande luta interior.  Somente após intermináveis 25 minutos, com o seu sorriso de sempre, diz: «Mamãe, agora você pode falar!». Chiara disse o seu sim a Deus, e desde então nunca voltou atrás.
«Por ti, Jesus. Se tu queres eu também quero!». As terapias são dolorosas, mas a oferta é sempre decidida. E Chiara não perde nem uma ocasião para amar. «No início tínhamos a impressão de ir ao encontro dela para sustentá-la – conta um amigo seu – mas logo percebemos que entrando no seu quarto sentiamo-nos projetados na aventura maravilhosa do amor de Deus. E não é que Chiara dissesse frases extraordinárias, ou escrevesse páginas e páginas de diário. Ela simplesmente amava».
Quanto mais a doença progride mais a experiência de Chiara torna-se intensa. Chega a rejeitar a morfina porque «tira a lucidez, e a dor é a única coisa que eu posso oferecer a Jesus. É só o que me restou».
Chiara Lubich a acompanha passo a passo: «O seu semblante tão luminoso – escreve-lhe – demonstra o amor que tem por Jesus. Não tenha medo, Chiara, de dar a Ele o seu amor, momento por momento. Ele lhe dará a força, esteja certa! “Chiara Luce” é o nome que escolhi para você; gosta dele?». (Chiara Luce = Clara Luz, ndt.).

No dia 7 de outubro de 1990 Chiara Luce deixa este mundo. Um último sorriso ao pai, Ruggero, e depois uma palavra à mãe, Maria Teresa: «Mamãe, seja feliz, porque eu o sou!». Uma grande multidão participa do funeral, e, como ela mesma havia pedido, Chiara é sepultada com um vestido branco, «como uma esposa que vai encontrar Jesus».
«Os jovens são o futuro. Eu não posso mais correr, mas quero passar a tocha para eles, como nas olimpíadas. Os jovens tem uma única vida e vale a pena usá-la bem!», ela havia dito pouco antes de morrer. Os 25 mil jovens presentes na cerimônia de sua beatificação, dia 25 de setembro de 2010, demonstram que, com a sua vida, Chiara Luce Badano testemunhou um modelo de santidade que todos podem viver.

Depois desse testemunho, pergunte-se e reze:

Eu estou oferecendo minha juventude para Cristo, como Chiara?
Chiara, mesmo sofrendo, se dizia feliz antes de morrer. Qual o nosso conceito de felicidade? 

Que sejamos luz para este mundo através da nossa juventude em Jesus!!

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

O que é que eu vou fazer com essa tal castidade???

" A castidade é a menos popular das virtudes cristãs" C. S. Lewis

Quem leu essa frase de do autor de "As Crônicas de Nárnia" possivelmente deve ter balançado a cabeça, afinal de contas, conter as vontades do corpo é uma luta braba! E não adianta fazer de conta que a gente segura o tranco, tentar por nossas forças resistir, pois na primeira brisa (ou saia,ou decote,ou barriga "tanquinho"),pronto, caímos bonito!

Como foi dito lá por C.S., a caridade é uma virtude, um dom, uma graça. Vejamos o que nosso catecismo fala também desse dom:

§2345 A castidade é uma virtude moral. É também um dom de Deus, uma graça, um fruto da obra espiritual. O Espírito Santo concede o dom de imitar a pureza de Cristo àquele que foi regenerado pela água do Batismo.

§2348 Todo batizado é chamado à castidade. O cristão "se vestiu de Cristo", modelo de toda castidade. Todos os fiéis de Cristo são chamados a levar uma vida casta segundo seu específico estado de vida. No momento do Batismo, o cristão se comprometeu a viver sua afetividade na castidade. 

Ou seja, se fomos chamados ( e muitos de nós confirmaram esse chamado no Crisma!) à castidade desde o batismo, que devemos fazer? Vivê-la!! É fácil? E quem disse que seria?

Eu lembro de um fato ótimo que um amigo me contou. Um outro amigo dele, tinha uma luta ferrenha contra os pensamentos quando olhava uma moça com roupas mais provocantes, até mesmo na Missa. E aí descontava esse "fogo" todo na masturbação, e claro, ele se sentia muito triste por ter pecado. Aí ele decidiu que quando fosse à Missa, ia entrar e sair de olhos fechados (para usar a máxima de que "o que os olhos não veem, o coração ( e outras partes) não sente). Era bizarro, mas ele conseguiu até a hora da Comunhão. Quando ele estava na fila, e abriu os olhos só para ver se já estava chegando a hora dele, o que havia na frente dele? Um mulherão com um vestido justo (meninos,se sosseguem,nada de parar aí onde eu sei que vocês estão!!!). Deu, ele deu a volta e não conseguiu comungar...

Como eu disse antes, não adianta tentar lutar sozinho, para ser casto, é preciso primeiro pedir a ajuda Daquele que é o Casto por excelência: Jesus Cristo. Conte com sua amizade na oração e com seu perdão, caso caia. E claro, recorra a Nossa Senhora, que é toda pura e vai te dar as "dicas" viver esta graça.

Mas como a castidade é uma virtude, e toda virtude precisa ser exercida (não, ela não cai do céu), é bom ficar atento a tudo aquilo que cheira a perigo. Músicas, filmes, novelas (que cada dia estão mais explícitas), lugares (casal que fica muito tempo sozinho, começa a achar chato só ficar no beijinho ou tirando cravo um do outro). E por aí vai. É não dar chance ao azar.

E se pensam que no momento em que casar, é um "libera geral" e o "Kama Sutra" será o livro de cabeceira do casal, enganam-se! O ato conjugal deve ser um momento de amor e alegria para o casal, e que seja digno do sacramento. Além da questão da fidelidade, que é primordial, também o casal deve estar aberto à vida, vivendo a paternidade responsável como a Doutrina da Igreja nos chama.

Se tiverem mais dúvidas a respeito desse assunto (e seeempre tem!) estamos aí para dar aquela força para caminharmos e vivermos na castidade.

Deus abençoe!

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

A Palavra é uma só! A Bíblia não é self sevice!

Setembro, mês dedicado à Bíblia no Brasil, e claro que ela tem um lugar todo especial para ela aqui no nosso blog, porque coitadinha, como ela sofre viu? Ela é incompreendida por muitos, tem gente que nem se aproxima dela, tem outros que não entendem o que ela diz, e agem como se estivessem obedecendo ela. Sem contar as agressões físicas como: ser jogada na gaveta, ficar exposta ao sol e a poeira sem que mexam nela, ou então, ser superaquecida embaixo de sovacos no alto verão. E você acha sua vida difícil...

Brincadeiras à parte, é bom termos em conta o valor da palavra de Deus e qual a fonte de toda interpretação: o Magistério da Igreja. Qualquer coisa fora desse critério, não é nem para ficar com um pé atrás, é para sair correndo mesmo. Pois no intuito de "cada um entende do seu jeito" é que começam as divisões (sabe Lutero?Pois é,começou assim) e vai se criando um "self service", ou seja, eu me sirvo da Bíblia do MEU jeito, como EU entendo. E sabemos que quando tiramos Deus e colocamos "eu" no centro, só dá porcaria.


Foi a Igreja que compilou a Sagrada Escritura, e São Jerônimo (Estridãoca. 347 - Belém30 de setembro de 420) foi quem a traduziu do grego antigo e hebraico para o latim. A Bíblia que está nas mãos do pastor protestante, ele precisa agradecer à Igreja, mesmo eles tendo tirado alguns trechos e até mesmo alguns alguns livros, pelo fato que estes somente tinham sua versão original no grego e não no hebraico, e eles descreditaram somente por causa do idioma,e não pelo contexto histórico. 


Por isso, muito cuidado com certas interpretações da Palavra, fora daquilo que cremos como católicos. Uma coisa é interpretar uma passagem em uma oração pessoal, pois Deus também fala para nós através das Escrituras, mas agora querer espalhar por aí como se fosse a grande verdade, é bem diferente. Assim como relativizar alguns fatos, como a multiplicação dos pães (Jo 6) e dizer que não houve milagre, só uma partilha legal entre o pessoal. Isso é HE-RE-SIA, é desconsiderar o que os Apóstolos viram e o magistério confirma até hoje. 

Vamos amar cada mais a Palavra de Deus, meditando e sobretudo, encarnando em nossas vidas!

Deus abençoe!

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Oração pela Síria: #tamujunto

Como vocês já devem saber, o santo padre convocou a todos os católicos, e convidou irmãos de outras religiões a se unirem em jejum e oração pela Síria, neste 07 de setembro. Aí vai a declaração dele:

"Convoco toda a Igreja para no dia 7 de setembro, véspera da Festa da Natividade de Maria, Rainha da Paz, uma jornada de jejum e oração pela paz na Síria, no Oriente Médio, e no mundo inteiro, e também convido a unir-se nesta iniciativa, segundo o modo que considerarem mais oportuno, aos irmãos cristãos não católicos, aos pertencentes de outras religiões e aos homens de boa vontade."

Entenda o porquê:

Primeiro, além da Síria ser um país do Oriente Médio, ele é menor que o Uruguai e tem uma população igual a da Austrália inteira. Ela faz fronteira com Turquia, Iraque, Jordânia, Israel e Líbano. A guerra civil é um conflito entre o governo estabelecido, que desde 1971 está com a família Assad e os que querem tirá-los do poder, não por um extremismo religioso, pois esse não o caso do governo, mas sim por uma insatisfação da própria população com a falta de reformas políticas e econômicas prometidas há muito tempo. mas a revolta maior começou em 2011, quando crianças teriam sido mortas por picharem frases anti governo e seus culpados nunca foram punidos, e também depois que o povo começou a se manifestar, e o exército sírio reagiu atirando. E a onde de ataques entre os dois lados só veio a aumentar nos últimos dois anos,a ponto de chegar ao uso de armas químicas,matando cerca de 1400 pessoas,entre as quais,centenas de crianças.
A situações tomou proporções mundiais, e até os EUA estão tentando entrar na jogada. Por isso,se teme que mais famílias, mais crianças sejam atingidas por esta guerra. E nós, como chamados a ser instrumentos da paz do Senhor, precisamos fazer a nossa parte. Como estar lá não é possível para todos, nos unimos em oração.

E rezar adianta?

E como! A oração não é uma ação passiva, mas é nossa união com aqueles que sofrem pela intervenção divina. Nós cremos em um mundo sobrenatural, onde os anjos, os santos, Maria e o próprio Cristo estão lutando conosco para que a paz se estabeleça. Santa Teresinha, enclausurada no Carmelo, intercedeu por um assassino condenado à morte. Ela pediu a Deus que ele não morresse sem se converter. No jornal que noticiava e execução de Pranzini (o assassino), descreve que antes de morrer, ele pede um crucifixo para beijar. Teresinha viu neste ato um profundo arrependimento, e louvou a Deus por Sua infinita Misericórdia.

Como rezar? Como jejuar?

Pelo preceito, somos chamados a jejuar ou fazer abstinência de carne nas sextas feiras. Desta vez o  sábado dia 7. O jejum completo compreende pão e água até às 18 horas, somente para aqueles que sabem que terão condições. Há também a opção da abstinência de carne ou de algo que goste,e que não é necessário para sobreviver (tipo chocolate, refrigerante, facebook,ui!).
A oração, seja ela pessoal, comunitária, no terço, rosário e a Santa Missa, que neste dia
tenham como intenção especial os nossos irmãos da Síria. Você verá que dedicar este tempo para o outro vai ser bom primeiramente para você, e fará toda a diferença para os que sofrem.

#tamujunto na oração!!

Deus abençoe!

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Metanoia?Que bicho é esse?

Fui buscar em dicionário on line o significado dessa palavra bonitinha para uns, esquisita para outros, mas cheia de sentido para qualquer um que quiser olhá-la um pouco mais de perto:
Metanoia:transformação de comportamentoou de carátermudança de pensar e sentir,
no caminho da perfeição
,
 conversão interior

Quando começamos uma caminhada de fé, percebemos já nos primeiros passos que alguns comportamentos que tínhamos antes já não "pegam bem" por que decidimos seguir Jesus Cristo. Até aí tudo bem, no início, principalmente depois de um retiro em que se chorou litros, saímos decidimos a sermos bem melhores,a rezar todos os dias, a não brigar com os pais, não bater no irmão, não "pegar" mais ninguém na balada, viver um namoro santo e por aí vai. O problema é que no meio do caminho já vai dando uma canseeeeeira...e é só bater uma brisa que a gente vai adiando a oração, justifica qualquer grito com a mãe e a voadora no irmão, acha que "um beijinho" não faz mal a ninguém, e nos vemos no direito de fazer o que quiser no namoro afinal, "se tem amor, né?" (esquecendo que o amor 'tudo suporta,tudo espera'). Quando vemos, estamos a quilômetros de Cristo.

Isso acontece com todo mundo que decide por Jesus, desde o tempo Dele. Um exemplo é Pedro, que segue Jesus, diz que nunca o deixaria e o que ele fez no dia em que seu Senhor foi preso? O negou três vezes. Mas depois que Jesus ressuscitou, ele foi redimido ao declarar mais três vezes o seu amor imperfeito.
Maria de Bethânia, era irmã de Lázaro. Ficou aos pés de Jesus enquanto Marta faxinava, viu seu irmão ser ressuscitado, e só foi realmente perceber a vida de pecado que ela vivia pouco antes da morte de Cristo, quando ela derrama o perfume aos pés Dele (é gente,não foi Maria Madalena quem fez isso, uma outra hora explico a exegese de João 12). E Tomé,que duvidou da Ressurreição de Jesus, e ao tocar em Suas chagas teve uma nova e forte experiência a ponto de dizer "meu Senhor e meu Deus!"?

Estas três personagens são exemplos da palavra citada lá em cima: Metanoia, uma nova conversão, novas posturas diante do Deus que é só Amor e quer que sejamos felizes. Mas nossa felicidade  só se encontra Nele, e naquilo que Ele nos chama a viver, não adianta procurar em outros lugares. Você pode encontrar muito prazer, mas que logo logo passa, e não sacia. Como nosso querido papa emérito Bento XVI já disse:
 "O mundo pode fazer muitas festas, mas só Deus dá a alegria"

Não dá para seguir Jesus Cristo sem fazer uma revisão de conceitos e ter uma mudança de mentalidade. E não se preocupe que isso não é alienação , mas sim escolher a melhor parte, que nada e ninguém pode lhe tirar. Por isso, nesta caminhada, leia estude, conheça esta rica e bela Igreja que o Senhor te deu para que você O encontre. E faça parte da geração que não pensa igual a todo mundo, mas que faz a diferença!

Deus abençoe!

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

O Sacrificio do "Eu"

Muitos de nós já refletimos inúmeras vezes sobre a passagem de Gênesis 22, mas dessa vez convido a verem o chamado que Deus faz a cada um de nós nela, então, vamos começar lendo ela:


"1 Depois desses acontecimentos, sucedeu que Deus pôs Abraão à prova e lhe
 disse:
 "Abraão! Abraão!" Ele respondeu: "Eis-me aqui!" 
2 Deus disse: "Toma teu filho, teu único, que amas, Isaac, e vai à terra de Moriá,
 e lá o  oferecerás em holocausto sobre uma montanha que eu te indicarei." 
3 Abraão se levantou cedo, selou seu jumento e tomou consigo dois de seus 
servos  e seu  filho Isaac. Ele rachou a lenha do holocausto e se pôs a caminho
para o lugar  que Deus havia indicado. 
4 No terceiro dia, Abraão, levantando os olhos, viu de longe o lugar.
 5 Abraão disse a seus servos: "Permanecei aqui 
com o jumento. Eu e o menino iremos  até lá, 
adoraremos e voltaremos a vós." 
6 Abraão tomou a lenha do holocausto e a
colocou sobre seu filho Isaac, 
tendo ele  mesmo tomado nas mãos o fogo e
o cutelo, e foram-se os dois juntos. 
7 Isaac dirigiu-se a seu pai Abraão e disse: 
"Meu pai!" Ele respondeu: "Sim, 
meu filho!"  — "Eis o fogo e a lenha," retomou ele, "mas onde está o cordeiro 
para o holocausto?"  
8 Abraão respondeu: "É Deus quem proverá o cordeiro 
para o holocausto, meu filho", e foram-se os dois juntos.
 9 Quando chegaram ao lugar que Deus lhe indicara, Abraão construiu o altar,
 dispôs a  lenha, depois amarrou seu filho e o colocou sobre o altar, em cima da 
lenha. 
10 Abraão estendeu a mão e apanhou o cutelo para imolar seu filho. 
11 Mas o anjo de Iahweh o chamou do céu e disse: "Abraão! Abraão!" Ele 
respondeu:  "Eis-me aqui!" 
12 O Anjo disse: "Não estendas a mão contra o menino! Não lhe faças nenhum 
mal! Agora sei que temes a Deus: tu não me recusaste teu filho, teu único."
 13 Abraão ergueu os olhos e viu um cordeiro, preso pelos chifres num arbusto;
 Abraão foi pegar o cordeiro e o ofereceu em holocausto no lugar de seu filho.
 14 A este lugar Abraão deu o nome de "Iahweh proverá", de sorte que se diz hoje: 
"Sobre a montanha, Iahweh proverá."
 15 O Anjo de Iahweh chamou uma segunda vez a Abraão, do céu, 
16 dizendo: "Juro por mim mesmo, palavra de Iahweh: porque me fizeste isso, 
porque não me recusaste teu filho, teu único, 
17 eu te cumularei de bênçãos, eu te darei uma posteridade tão numerosa quanto 
as estrelas do céu e quanto a areia que está na praia do mar, e tua posteridade 
conquistará a porta de seus inimigos. 
18 Por tua posteridade serão abençoadas todas as nações da terra, porque tu 
me obedeceste." 
Palavra do Senhor!











Irmãos, convido a cada um de vocês a imaginar a dor no coração de Abraão,
de levar seu filho ao holocausto, convido cada um de vocês a refletir sobre a 
amargura de seu coração quando seu filho o perguntou sobre onde estava o 
cordeiro.
Este foi um homem de fé, quem dera algum de nós ter confiança na providência 
Divina da mesma forma que Abraão...

Creio que agora já relembramos desta passagem, agora tenho uma novidade para
 vocês,  essa é a historia da SUA vida, então, qual é o seu Isaac? O que é que Deus está 
lhe pedindo para oferecer a Ele como sacrifício? Sim, vocês leram certo, o sacrifício de
hoje não é o de  Isaac mas é o da vontade de você que está lendo! Convido a cada um de 
nós entregar ao Pai nossa vida, nossos sonhos, nossas vontades, entregar a Ele nossos 
pecados! Confiem no Pai! 

Acreditem, se vocês não recusarem a Deus o que Ele pede, sua vida será cheia
de Sua glória!
 "Eu te cumularei de bênçãos, eu te darei uma posteridade tão numerosa quanto 
as estrelas do céu e quanto a areia que está na praia do mar, e tua posteridade
conquistará a porta de  seus inimigos.  Por tua posteridade serão abençoadas
todas as nações da terra, porque tu me  obedeceste." 


Busquem ao Reino do Pai, busquem a sua Justiça e Ele fará
todo o resto...
"Buscai em primeiro  lugar o Reino de Deus e a Sua justiça e todas as 
coisas vos  serão acrescentadas" Mt 6,33

Agora, convido a vocês a fazer um breve silencio e escutar a Deus, 
escutar a Sua voz te mostrando o que Ele deseja...

E agora, respondam a Ele! Orem! Orem a Deus entregando tudo!
Cada momento de sua vida, cada sentimento, cada pecado, cada 
conversão entreguem a Ele!

Deixo está musica para reflexão... 















A Paz, e a coragem de seguir a Cristo!


terça-feira, 27 de agosto de 2013

Testemunhos JMJ - parte 2 - Jennifer Gama

Nosso segundo testemunhos de graças da Jornada no Rio de J
aneiro vem agora de uma peregrina,a Jennifer, do Movimento Regnum Christi:


Para mim, o clima da jornada começou quando, no dia 24 de julho de 2013, nós, peregrinos gaúchos do Movimento Regnum Christi, encontramo-nos com os peregrinos do Regnum Christi do Recife, no ônibus que nos levava até a praia de Copacabana. Fiquei muito emocionada com o que vi e ouvi: o pessoal do Recife era super espontâneo, divertido, alegre e puro, com o coração aberto à ação do Espírito Santo. Assim que entramos no ônibus, reconheci uma carinha conhecida, a de uma menina que já era minha amiga no facebook, e então, os meninos começaram a cantar as músicas da Igreja no fundo do ônibus. Ao olhar para eles, percebi o quão espontâneo era aquele gesto, o quão puros e doces eram seus olhares e corações, e isso me comoveu. Me deu vontade de acompanhá-los na cantoria. Quando vi já os estava acompanhando nos cantos e, inclusive, puxando o canto Nova Geração dentro do ônibus. Foi muito especial o momento em que cada um dos grupos cantou o hino de seu estado, e nós ficamos brincando que o hino do Rio Grande do Sul era, na verdade, o hino do nosso país, e não do nosso estado, pois que o RS era um país independente do resto do Brasil.

Esta divertida competição gerou muitos risos entre nós, e as cantorias do ônibus nos permitiram passar a ter intimidade com o pessoal do Recife, e também entre o nosso próprio grupo, onde muitos não se conheciam direito, ou ainda não eram amigos. Foi um momento muito especial. Neste dia estavam todos de capas de chuva, pois o tempo não estava ajudando muito, e chovia frequentemente. Mas nem o tempo ruim tirou de nós a alegria. Foi ali, em meio a tantos rostos alegres, puros e divertidos, que pude enxergar a pureza de Deus no rosto dos jovens, e considero que minha Jornada Mundial da Juventude começou a partir daquele exato momento, quando senti o amor consolador de Deus por mim, e considero que passei a entrar, de fato, no clima que a Jornada propunha.

Fiquei, de fato, muito emocionada com aquele grupo pernambucano que cantava no ônibus. Para a minha surpresa, pude perceber que os cariocas passageiros do ônibus não ficaram constrangidos ou aborrecidos com os nossos cânticos, mas antes, a nossa alegria se espalhou, e percebi que os rostos dos passageiros também passaram a ficar alegres. Muitos, quando viam que precisávamos de informações, inclusive, por não conhecermos o Rio, entravam na nossa conversa para, gentilmente, nos dar a direção certa de onde precisávamos ir. Neste dia tive a certeza de que a alegria de Deus contagia muito, e de que basta um coração aberto à luz e ação do Divino Espírito Santo, pronto a fazer a vontade Santíssima de Deus, para que as coisas ao redor se acomodem. Como bem diz o ditado popular, “no andar da carruagem as abóboras se acomodam”. E foi, de fato, o que aconteceu, pois os cariocas, ao invés de quererem nos expulsar do ônibus porque estávamos fazendo barulho, se deixaram contagiar pela alegria característica da Jornada.

Neste mesmo dia, que era a quarta-feira da jornada, ainda com chuva, visitamos a Feira das Vocações. Este lugar me deixou comovida e alegre pelos diversos carismas que lá encontramos: congregações religiosas, movimentos de leigos que eu conhecia, e outros que nunca havia ouvido falar, mas que foi muito interessante conhecer. A diversidade de dons e carismas da Igreja, para mim, é uma riqueza insondável, e confirma a palavra da Escritura de que o Espírito sopra onde quer. Ali, na feira, em meio a vários irmãos e irmãs de carismas diferentes do nosso, mas todos com o mesmo sorriso no rosto por se saberem parte deste mesmo Corpo de Cristo, percebi que, de fato, “o Espírito sopra onde quer”. Ao mesmo tempo que me deparei com diferentes carismas, encontrei também pessoas com o mesmo carisma que vivo no Regnum Christi, e este encontro especial fortaleceu em mim o que há algum tempo eu já sabia: o de que nasci para este carisma. Ter a certeza de nosso lugar na Igreja traz alegria e paz ao coração.

Nos dias subseqüentes, tudo foi pura luz e graça. Os momentos no ônibus eram sempre os mais divertidos, e também no metrô, onde novamente encontramos o pessoal do Recife. Os rostos se alegraram novamente com o encontro, e o metrô inteiro era só diversão e alegria. Muita amizade se firmou entre nós. Daí em diante já não havia mais qualquer tipo de estranheza entre o nosso grupo e o do Recife. Nem preciso dizer que o companheirismo, a caridade e a alegria dos membros do grupo me contagiou e emocionou. Andávamos sempre todos juntos, as peregrinações que fazíamos eram difíceis e cansativas, mas se alguém tivesse algum problema, todo o grupo – ou ao menos parte dele, de forma previamente combinada – parava para esperar aquela pessoa. De modo especial, as consagradas do Regnum Christi que nos acompanhavam, eram pura caridade e compreensão. O amor entre os membros era algo muito forte, e isso tornou, para mim, a jornada ainda mais especial, pois penso que, onde abunda o amor, superabunda a graça de Deus. E, de fato, graça foi o que não faltou nesta Jornada Mundial da Juventude.

Na quinta-feira à noite, ocorreu um dos momentos que eu mais esperava na vida, e na Jornada: o encontro com o Vigário de Cristo. Lembro-me que fiquei apertadinha em frente à passarela em que ia passar o papamóvel, recebendo empurrões de várias pessoas, mas, muito embora aquilo me incomodasse, permaneci firme no meu propósito: ficar ali e conseguir um bom lugar para ver o Papa Francisco. E assim foi. O Papa passou e eu o vi, olhando em nossa direção. Quando chegou perto do lugar onde estávamos, a organização achou por bem acelerar o papamóvel, pois a praia era extensa e, no início da peregrinação, o papamóvel fora em ritmo bem lento. Então, ele passou por nós em frações de segundos. Mesmo assim, eu o vi, olhei para seu rosto, e vi que olhava em nossa direção. Foi um momento muito especial.

Na sexta-feira, momento da via-sacra, ficamos a uns trezentos metros, mais ou menos, do palco. Ao longe eu podia enxergar a poltrona onde o Papa Francisco estava sentado. Aquele pontinho branco lá no fundo, que foi a principal razão pela qual eu me movimentei para ir à Jornada. Poder ver de pertinho o Vigário de Cristo foi uma experiência única em minha vida.

A peregrinação e vigília em Copacabana foram, também, muito especiais. Foi incrível adorar o Santíssimo Sacramento ajoelhada em um colchão, na areia da praia. Dormir em Copacabana foi ainda mais incrível! Uma indiada em família, com a família Regnum Christi.

Com certeza valeu muito à pena!

Mas, de todos os momentos maravilhosos e especiais da Jornada, o que mais me tocou foi a Missa com o Santo Padre, o Papa Francisco. De certo modo, era o momento mais esperado por mim durante a Jornada. Assistir a uma Missa com o Papa! Que coisa maravilhosa. E eu sabia que a comunhão naquela Missa não seria como as comunhões ordinárias – que de ordinárias nada tem, mas por assim dizer -, mas que Jesus, amoroso como só Ele é, tocaria o meu coração de uma forma muito especial. E de fato, tocou. A comunhão na Missa com o Papa foi uma das mais consoladoras da minha vida até então.  Quando entrei na fila da comunhão, vi que o ministro que distribuía a Eucaristia, sempre quando via que os jovens estavam emocionados – e havia muitos -, tocava-lhes amorosamente o rosto, com um gesto de profundo carinho e amor. Não houve gesto, para mim, mais profundo durante toda a jornada. Aquele ministro, naquele momento, representava o amor e o carinho profundos de Cristo pela sua amada juventude. E eu me emocionei só de ver a fé e devoção daqueles jovens que estavam ali emocionados com aquele momento, e com aquela grande graça de receber a Cristo na Jornada Mundial da Juventude, na presença do querido e amado Papa Francisco.

Quanto mais se aproximava o momento da minha comunhão, mais as lágrimas vertiam de meu rosto, e a emoção se apoderava do meu coração. Eu não sabia definir o que se passava comigo; a única coisa que eu tinha a certeza era que o carinho de Cristo por mim era muito grande, mas tão grande, e eu tão indigna, e tão pequena, senti que o amor de Cristo por mim perpassava as minhas forças, e curava as feridas do meu coração chagado pelas manchas do pecado original. O amor de Cristo por mim me arrebatava de mim mesma. Então chegou o meu momento de comungar. O consolo de me saber infinitamente amada por Cristo, e a graça de poder sentir esse amor até as minhas entranhas, até as
profundezas de minha alma, foi o que senti naquele momento. O ministro tocou o meu rosto prenhe de lágrimas com muita delicadeza, sorriu para mim, e continuou tocando meu rosto.

Aquele gesto, naquele momento, representou o carinho de Cristo por mim. Minha alma estava repleta de alegria e paz. No fundo da minha alma, a mensagem era: “Não temas. EU TE AMO! Te amo tanto, e te levarei sempre em segurança por onde fores. Não temas! Crê no meu amor. Ele está aqui, basta pegá-lo, se apoderar dele. Te amo, te amo!” E os “eu te amos” só se multiplicavam no meu coração. Senti Cristo tocando a minha mão, sorrindo comigo e me dizendo que não precisava me preocupar com nada, mas apenas crer no Seu amor, porque Ele está no comando de tudo, e jamais me deixará sozinha em uma situação difícil. Pude sentir também que Ele sempre estava comigo.  A consciência da Sua presença naquele momento alegrou e tranqüilizou o meu coração. Agora, após a Jornada, tento fazer com que dêem frutos as sementes plantadas em meu coração pelo amor de Cristo, mediado pelo Papa Francisco. Quero crescer diariamente, regar essas sementes, para que meu coração seja terreno fértil à ação do Espírito Santo. Que eu, como Maria, possa me esconder à sombra do Altíssimo, dizendo sim a cada missão por Ele proposta no quotidiano da vida, onde devo e quero ser sal da terra e luz do mundo. Rezemos uns pelos outros. Vamos juntos nesta caminhada.

Jennifer Gama

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Há 35 anos subia ao Sólio de Pedro João Paulo I

Era dia de sábado, milhares de peregrinos na Praça de São Pedro, um dia que começou triste e terminou com sorrisos. Era a terceira votação daquele Conclave de agosto de 1978, depois de uma fumaça preta, veio a fumaça branca, e estava eleito, aos 65 anos, Dom Albino Cardeal Luciani, como Papa.
Brasão Pontifício de João Paulo I
Iohannes Paulus P.P.
Era final da manhã daquele 26 de agosto, quando a fumaça branca irrompeu o céu da Cidade do Vaticano anunciando uma grande alegria, depois da morte de Paulo VI, tínhamos um papa novamente. O Cardeal Felice apareceu no Balcão de São Pedro com a seguinte mensagem: 
Annuntio Vobis Gaudium Magnum;
HABEMUS PAPAM:
Eminentissimum ac Reverendissimum Dominum,
Dominum Albinum
Sanctæ Romanæ Ecclesiæ Cardinalem LUCIANI
Qui sibi nomen imposuit Iohannes Paulus
A partir daí era só festa, em homenagem aos seus dois últimos predecessores, João XXIII e Paulo VI, os papas do Concílio Vaticano II, Luciani inovou e pela primeira vez teve um nome papal composto.
Foi papa até a sua morte em 28 de setembro de 1978, aos 33 dias de pontificado, dando lugar em 16 de outubro do mesmo ano ao Beato João Paulo II.

© Imagem: A Santa Sé - O Santo Padre- João Paulo I:  http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_i/index_po.htm Acesso em 26/08/2013

Tá perdido? Oriente-se!!

Não deve ser novidade para ninguém (e se for,prepare-se) que viver em Cristo não é nada fácil. São desafios para ser testemunho na escola, na faculdade, no trabalho, na família então...Aí tem horas que a gente quer fazer tudo certo, e quando vê, só fez besteira. Calma, você não é o primeiro, e nem o último a passar por isso. Imagina que até São Paulo pisava na bola: "Não faço o bem que quero, mas o mal que não quero." (Romanos 7, 19). Mesmo chamados á santidade, nosso caminho sempre será de erros e acertos, mas o importante é sempre caminhar!

Mas dá pra tentar errar menos? Saber se o que eu estou fazendo é o certo? Que escolhas devo fazer? Será que vou ser feliz com as decisões que eu tomar? SOCORRO!!!

Essas e outras bilhões de perguntas devem invadir a mente de vocês todos os dias,certo? E muitas vezes a gente fica sem resposta. Se você se sente perdido, oriente-se, ou melhor, peça orientação!!

A Igreja é Mãe, e nos dá várias pessoas que, através de sua experiência com Deus e com os irmãos,podem ser essa "bússola" que a gente precisa. São os orientadores espirituais, que podem ser sacerdotes, religiosos, ou até mesmo leigos com a devida formação para isso. Eles não são mágicos ou vão te mandar para ir aqui ou lá, mas como o próprio nome te diz, vão lhe orientar, lhe ajudar a enxergar sua vida pela ótica de Deus, e tomar posturas que sejam de acordo com a Vontade Dele. 

A trilha da santidade não se faz sozinho. Precisamos da Graça e da mão dos irmãos para sermos conduzidos àquilo que somos chamados a ser: um só em Cristo. Por isso, procure um orientador para ser essa mão amiga e dar aquele "empurrãozinho" nos momentos em que precisamos dar passos concretos na nossa vida!

Que Deus nos abençoe!






sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Idade Média = Idade das trevas?


Muito ouvimos, principalmente no ensino médio e até na faculdade – dependendo de qual curso fazemos - a respeito da Igreja Católica na Idade Média. O que teria feito a Igreja, como teria sido o período da Idade Média, e nossos professores normalmente ensinam que o período fora um “Deus nos acuda”, uma coisa terrível de se pensar. Que a Idade Média é, por isso, chamada de “Idade das Trevas”. Mas será que isso tudo é verdade? Vejamos.

Diferentemente do que muitos historiadores mais antigos alegavam, os historicistas mais atuais, a exemplo de dois que vou citar por aqui mais adiante, reviram esse posicionamento histórico duvidoso, no intuito de tentar descobrir a verdade. E então, amigos leitores, a descoberta foi a seguinte: a Idade Média foi responsável por grande parte do conhecimento científico que passou às gerações seguintes. Isto é facilmente comprovável se observarmos que foi a própria Igreja a criadora das Universidades. Sim, das Universidades! Aquelas que grande parte de nós frequenta, e que movimentam o mundo tecnológico e o mundo do trabalho. Foram criadas (pasmem!) pela Igreja Católica!

Monge copista
É claro que a difusão do conhecimento na Idade Média era bem diferente da que temos hoje. E isso porque, na época, faltavam recursos tecnológicos. Não havia, por exemplo, máquinas de fotocópia, nem mesmo gráficas ou impressoras, que pudessem facilitar a impressão de livros ou apostilas em massa. Não havia computador, não havia internet. Sequer a máquina de escrever havia sido inventada à época. Então, sabem como os livros eram produzidos? Pelos monges, nos mosteiros, MANUALMENTE! Pensem na dificuldade que isto representava, e aproveitemos para agradecer a Deus por todas as facilidades tecnológicas de que dispomos hoje...

Mesmo com toda essa dificuldade, a Igreja sempre investiu em educação. Para terem uma ideia, ela alfabetizou gerações de bárbaros (sim, bárbaros! Aqueles que viviam fora do Império Romano, não falavam o latim, e eram tidos pela maioria da sociedade como incivilizados, rudes, grosseiros e até perigosos!). A Igreja não apenas catequizou os bárbaros, mas ensinou-os a ler e a escrever, e todos os livros e bibliotecas da época não eram restritos aos monges nem aos religiosos da época, mas eram estendidos a todos quantos quisessem ter acesso ao conhecimento. As bibliotecas eram, sim, abertas e disponíveis a todos. No entanto, como a produção de livros era difícil, talvez não se tivesse a mesma procura pelo conhecimento e pela alfabetização que temos hoje.

Muitos Papas quiseram investir pesado em alfabetização e educação das classes sócio-econômicas mais inferiores, citando isto, inclusive, em Concílios, como orientação para todo o clero. E isso, de fato, era respeitado. As escolas criadas à época não eram apenas para quem dispusesse de condições de custear o seu pagamento, muito embora fossem pagas. Sempre se abriu as portas das escolas e universidades para os desprovidos de recursos. A Igreja tem sido caritativa desde sempre. Não nos esqueçamos, além disso, que continua a ser a maior instituição caritativa do planeta. As maiores redes de caridade do mundo foram criadas por Madre Teresa de Calcutá, religiosa fundadora das Missionárias da Caridade, beata católica em processo de canonização.

Universidade na Idade Média
Por essas razões, meus amigos, não nos enganemos: a Idade Média não é a Idade das Trevas, mas sim a Idade da Luz! Em meio ao arcabouço cultural e científico criado pela Igreja no período, seria um erro crasso atribuir trevas a uma Era que foi, antes, de muita luz. A luz do saber, do conhecimento científico, e da preocupação com o outro (desde sempre!), para que todos pudessem ter acesso a esta mesma informação, e que pudesse ser repassada de geração a geração.

Só por curiosidade, os historiadores que usei como base são Thomas Whoods, P.H.D. em história medieval pela Universidade de Harvard, nos EUA, e Daniel Roops, autor do livro “Igreja das Catedrais e das Cruzadas”.

Sobre a questão das Cruzadas e da Inquisição, não me deterei com maiores detalhes neste artigo. No entanto, necessário observar que a época esteve marcada por dificuldades também típicas do seu momento histórico. Há dados distorcidos que nos são apresentados como se verdades fossem. Com isso, tomemos cuidado! Podemos correr o risco de sair por aí transmitindo informações que não são verdadeiras. O importante a ser dito aqui é que o Estado da época detinha a cultura de punir com a morte, e isto era feito para todos os crimes, e não apenas para os eclesiásticos (crimes cometidos contra a Igreja, como o crime de heresia). A Igreja também puniu com a morte em algumas situações, mas é preciso dizer que os números oficiais não chegam nem perto dos que nos têm sido apresentados. Foram muito, mas muito menores mesmo. Não querendo colocar a culpa para cima do Estado, mas entendo que a época foi, sim, de barbárie no que tange aos métodos de punição que o Estado propunha, e a Igreja concretizava EM POUQUÍSSIMAS SITUAÇÕES, mesmo porque não havia, nessa época, separação entre Estado e Igreja. Eram uma coisa só. A partir daí, no entanto, os métodos mudaram. Foram dificuldades da época, mas que já passaram, e não podemos ficar com a ilusão de que a Igreja praticava um genocídio, que matava a todos que não concordavam com ela, pois não era assim. A Igreja se opunha aos cristãos que não viviam o cristianismo como proposto, mas não aos muçulmanos, judeus e adeptos de outras religiões que não seguissem os dogmas, mesmo porque isso não era de atribuição dela!

Enfim, amigos, muito se disse, e muito ainda há a ser dito a respeito da Idade Média. Muitos erros históricos ainda precisam ser retratados. O espaço e o tempo são curtos, mas espero, com estas breves linhas, ter ajudado vocês a refletirem um pouco sobre a Idade Média, este período rico e tão importante de nossa história. Não nos deixemos ser passados para trás! A Igreja tem sido caluniada há séculos em nome de uma falsa difusão da verdade. Penso que precisamos observar os fatos antes de querer discutir argumentos, para não cairmos no risco do erro. De posse destas informações, naquilo que é oportuno, não deixemos nossa Amada Igreja, fundada por Cristo, ser caluniada por aqueles que não conhecem bem a história. Estudemos e repassemos o conhecimento, como se fazia desde a Idade Média.
Um abraço a todos, e a paz de Cristo nos seus corações.


Jennifer Gama